Nas Escrituras, a
igreja é chamada de corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27). Essa é uma
verdade espiritual que revela a íntima ligação entre Cristo, a Cabeça, e cada
cristão, que é membro desse corpo. Nesse corpo, não há espaço para rivalidades,
disputas ou busca de superioridade, pois “o olho não pode dizer à mão: Não
tenho necessidade de ti” (1 Coríntios 12:21). Cada um é essencial, mas
nenhum é melhor do que o outro.
É doloroso perceber que
muitos têm permitido que contendas, fofocas e divisões enfraqueçam a missão
dada pelo Senhor. Paulo já advertia os coríntios, que se dividiam entre grupos
que diziam ser de Paulo, de Apolo ou de Pedro: “Acaso Cristo está dividido?” (1
Coríntios 1:13). Paulo não os elogiou pela diversidade de opiniões, mas os
repreendeu por deixarem que a vaidade e a carnalidade minassem a comunhão.
É triste assistir a irmãos
que deveriam edificar-se mutuamente tornando-se rivais, transformando o altar
em palco de disputas e a igreja em arena de poder. A Palavra é clara ao
afirmar: “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não vos
consumais também uns aos outros” (Gálatas 5:15). Quando o corpo de
Cristo se alimenta de contendas, ele se autodestrói.
A advertência não me coloca
como juiz dos irmãos, mas busca chamar a atenção para que cada um examine o
próprio coração. A igreja de Cristo é o único lugar onde, na desunião, todos
perdem e ninguém vence, porque a glória de Deus deixa de ser refletida e o
testemunho do Evangelho é manchado diante do mundo. Jesus declarou: “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João
13:35). Onde o amor é substituído pela competição, perde-se a marca
essencial do cristão.
Portanto, é urgente que a
igreja compreenda: a divisão não é obra do Espírito Santo, mas da carne. A
unidade, pelo contrário, é fruto da submissão à vontade de Deus. Não se trata
de uniformidade de pensamento, mas de comunhão no Espírito, onde as diferenças
são suportadas em amor e os dons de cada um contribuem para o bem de todos.
Aos que insistem em viver em
contendas, fica o alerta bíblico: “Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós
divisões; antes, sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer” (1
Coríntios 1:10).
A Bíblia deixa claro que não
se trata de um pedido, e sim de uma ordem de Deus. Ignorá-la é caminhar em
desobediência, colocando em risco a própria saúde espiritual e o testemunho da
igreja diante do mundo.
Que cada membro do corpo de
Cristo, com humildade, renuncie ao orgulho, à soberba e ao espírito de facção,
lembrando que somente unidos poderemos cumprir a missão que o Senhor nos
confiou: ser sal da terra e luz do mundo.
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