O apóstolo Paulo descreve,
de maneira profética, os últimos dias, apontando para o declínio moral e
espiritual que corroeria a sociedade. Ele alerta: “Sabe, porém, isto: nos
últimos dias sobrevirão tempos difíceis” (2 Tm 3:1).
O que chama a atenção nesse
texto não é somente a degradação do mundo, mas também o fato de descrever
atitudes humanas que hoje estão presentes até mesmo entre os que se dizem
religiosos. Amar mais os prazeres do que a Deus, ser mais amigo de si mesmo do
que próximo do próximo, possuir “aparência de piedade”, mas negar sua eficácia.
Vivemos em uma era marcada
pela exaltação do “eu”. A sociedade incentiva a autopromoção, a busca
desenfreada por prazer e a relativização de valores eternos. As redes sociais
se tornaram vitrines de vaidades, instrumentos de comparação e soberba. Não é difícil
enxergar nas palavras de Paulo um retrato atual de nosso tempo: filhos
desobedientes, homens arrogantes, pessoas sem afeto natural, ingratas e amantes
de si mesmas. O que antes parecia uma previsão distante hoje se mostra uma
realidade presente.
A profecia de Paulo também
nos traz um alerta: devemos nos afastar destes. Ele nos chama a ter
discernimento: “afasta-te também destes” (2 Tm 3:5). Somos
chamados a viver de maneira contracultural, permanecendo firmes nos valores do
Evangelho, mesmo quando estes são ridicularizados.
Diante dessa realidade,
surge uma reflexão inevitável: o que deve moldar nossas vidas: a Palavra de
Deus ou os modismos do momento? Vigiemos, pois o perigo de termos uma fé apenas
de aparência é real e constante. Não nos contentemos com o título de cristão;
precisamos buscar o poder transformador do Evangelho e, assim, produzir frutos
de arrependimento, santidade e amor verdadeiro.
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