Com plenário vazio Câmara dos Deputados aprova reforma tributária que coloca o Brasil como o campeão de impostos.


Vladimir Chaves



Às pressas, sem debate e com o Plenário vazio a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta sexta-feira (15), o texto definitivo da reforma tributária. A proposta será promulgada e passará a fazer parte da Constituição Federal.

A matéria foi aprovada, no Plenário, em dois turnos. No primeiro, o placar foi de 371 votos a favor e 121 contra. No segundo, de 365 a 118. Eram necessários, no mínimo, 308 votos para se aprovar o texto da PEC 45/2019.

Da bancada da Paraíba apenas os deputados Cabo Gilberto e Wellington Roberto votaram contra. Os deputados Aguinaldo Ribeiro, Damião Feliciano, Gervásio Maia, Hugo Motta, Mercinho Lucena, Murilo Galdino, Romero Rodrigues, Wilson Santiago e Luiz Couto votaram a favor.

Mudanças em relação ao Senado

Antes da votação, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma, anunciou mudanças em relação ao texto aprovado pelo Senado. Ele manteve zerados os impostos sobre a Cesta Básica Nacional de Alimentos  — cujos produtos ainda serão definidos em lei complementar —, mas rejeitou a criação da Cesta Básica estendida. Os itens da cesta estendida teriam a tributação reduzida em 60% e garantiriam a devolução de parte do imposto pago (cashback) para a população de baixa renda.

O relator também diminuiu o número de exceções aos novos tributos. Ele eliminou trecho que previa redução em 100% do imposto na compra de medicamentos e dispositivos médicos por entidades de assistência social sem fins lucrativos e pela Administração Pública.

Ribeiro também excluiu cinco setores da lista daqueles que teriam direito a um regime específico de tributação, isto é, que não estarão sujeitos às regras gerais do novo sistema. Entre eles, os serviços aéreos, de saneamento e de concessão de rodovias.

Em relação à Zona Franca de Manaus, o relator tirou do texto trecho que previa o uso de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para taxar os produtos fabricados em outros estados, como medida para manter a competitividade do polo industrial amazonense. O IPI passará a ser usado para esse fim.

Destaques

Os deputados também analisaram sugestões para alterar o texto aprovado de forma pontual, os chamados destaques. Em votação marcada pela disputa regional, os congressistas mantiveram a extensão, até 2032, dos incentivos fiscais concedidos a montadoras de automóveis instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo os veículos movidos à combustão.

Novo sistema tributário

O texto substitui os cinco principais impostos que os brasileiros pagam sobre o consumo de produtos e serviços — IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS — por três. O novo sistema terá a CBS, o IBS e o IS.

A proposta estabelece que o período de transição para o novo sistema vai durar sete anos. Entre 2026 e 2032, empresas e consumidores vão lidar com os atuais e os futuros impostos. A partir de 2033, o novo modelo de tributação sobre o consumo entra em vigor de forma integral.

sábado, 16 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário

Comissão do Senado aprova aumento de penas por homicídio de parentes civis de policiais


Vladimir Chaves



A Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou a proposta que considera crime hediondo a lesão corporal dolosa gravíssima e a lesão corporal seguida de morte cometidas contra parentes civis de membros das Forças Armadas e do sistema de segurança pública. Os crimes têm que ser relacionados ao exercício da função pública do integrante da força de segurança.

O texto também aumenta as penas de um a dois terços em razão do parentesco. Do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o projeto teve como relator o senador Jorge Seif (PL-SC). A matéria segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O PL 829/2022 muda o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) e a Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990), para incluir os parentes civis, já que a legislação atual só prevê o aumento da pena para crimes contra parentes consanguíneos desses servidores até o terceiro grau.

O parentesco consanguíneo é aquele que liga as pessoas por um código genético, rastreável até um ascendente comum, e inclui ascendentes (pais, avós, bisavós), descendentes (filhos, netos, bisnetos) e colaterais (irmãos, tios e sobrinhos).

A lei atual não contempla os parentes por afinidade, ou seja, aqueles que a pessoa adquire por adoção ou em decorrência do casamento ou união estável, como cunhados, sogros, genros e noras. Assim, se o criminoso lesiona o filho adotivo de um policial que o investigou, por exemplo, atualmente não sofre o aumento de pena.

Flávio Bolsonaro argumenta que o parentesco familiar não é somente o consanguíneo, mas também o civil. No entanto, o texto original não inseria o agravante em caso de homicídio, apenas o de lesão corporal, o que foi feito por Jorge Seif por meio de duas emendas. O relator inseriu também os policiais legislativos entre os contemplados pelas medidas propostas no projeto. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário

Empresários de João Pessoa se Unem em Campanha Solidária para Salvar o Hospital Padre Zé


Vladimir Chaves



Nesta manhã (15), 22 empresários de João Pessoa, liderados pelo empresário Roberto Santiago, realizaram um café da manhã especial no LS Hotel, no bairro de Manaíra, para lançar uma campanha visando salvar o Hospital Padre Zé, que enfrenta desafios financeiros significativos, incluindo dívidas de R$3 milhões e empréstimos totalizando R$13 milhões.

Durante o evento, anunciaram ações para arrecadar fundos, como a venda das "Velas do Padre Zé" nos shoppings Manaira, Mangabeira e Tambiá a partir de sábado (16). O dinheiro arrecadado contribuirá para aliviar a situação financeira do hospital.

O padre George Batista, gestor atual do hospital, expressou sua confiança de que a campanha destacará a importância do Padre Zé e agradeceu aos empresários. Uma missa em prol do hospital está marcada para domingo (17), às 18h30, na comunidade Filhos da Misericórdia, no bairro dos Ipês 

O desembargador Fred Coutinho, representante da família do Padre Zé, agradeceu aos empresários e compartilhou a notável trajetória do padre, um homem dedicado a ajudar os menos favorecidos. 

O evento foi encerrado com o padre George fazendo a oração do Pai Nosso, abençoando a campanha e os presentes.

As doações também podem ser feitas pelo PIX: CNPJ - 08 667 206 0001 81

Empresários que estão contribuindo com a campanha:

Roberto Santiago (Manaira e Mangabeira Shopping)

Leonel Freire (São Braz)

Clodoaldo Soares de Oliveira (Grupo Soares de Oliveira)

Eduardo Soares de Oliveira (Açucar Alegre)

Odilon Amorim (Construtora Galvão Amorim)

Lavanerio e Sérgio Duarte (LS Hotel)

George Crispin (Construtora GHC)

Serafin Ribeiro (Control Construções)

Eduardo Carlos (Sistema Paraíba de Comunicação

Roberto Cavalcanti e Beatriz Ribeiro (Sistema Correio)

Hugo Ximenes (Construtora Mashia)

Rodrigo Borba (Frutas Doce Mel)

Roberto Rodrigues Amorim (LDF)

André Ferreira Costa (Ferreira Costa)

Henrique Lara (Projecta Mat construção)

Baruck Amorin (Shopping TAMBIÁ)

Júnior Evangelista (Oceana Hotel)

Haroldo Marinho (Motorola)

Walter Wlysses (Cartório

Hermes Brandão)

Leneida Tavares (Grupo Mangai

Waldomiro Ribeiro (Camar)

 Nenhum comentário

TSE determina que PDT devolva R$ 918 mil aos cofres públicos


Vladimir Chaves

Em votação unânime o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) devolva R$ 571.039,17 aos cofres públicos por irregularidades verificadas no uso de recursos do Fundo Partidário no exercício financeiro de 2018. Esse valor deve ser atualizado e pago com recursos próprios.

Além dessa quantia, os ministros decidiram que o PDT deve recolher R$ 347.633,23 ao Tesouro Nacional, pela aplicação de recursos arrecadados de origem não identificada. A quantia também deve ser devidamente atualizada e saldada com verbas próprias. As duas medidas foram tomadas pelo Plenário no julgamento da prestação de contas de 2018 da legenda, que foi aprovada com ressalvas pelos ministros.

Em outra parte do julgamento, o TSE determinou ao partido a aplicação de R$ 1.315.707,57 na promoção de programas de participação de mulheres na política nas eleições posteriores ao trânsito em julgado da decisão. O valor também deve sofrer atualização.

Voto do relator e tramitação

A prestação de contas do PDT começou a ser julgada na sessão do Plenário Virtual realizada entre os dias 17 e 23 de novembro. O voto do relator do processo, ministro Raul Araújo, foi pela aprovação das contas com ressalvas.

O ministro informou que as irregularidades detectadas nas contas do partido correspondem a apenas 3,24% dos R$ 28.293.000,13 recebidos pela agremiação em 2018 por meio do Fundo Partidário.

Na ocasião, acompanharam o entendimento do relator os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Nunes Marques. Porém, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, apresentou pedido de destaque para submeter o caso ao Plenário, o que ocorreu na sessão de terça (12).

Na oportunidade, Alexandre de Moraes fez alguns apontamentos no processo. Em seguida, o ministro Raul Araújo informou que apresentaria voto nesta quinta, levando em contas as mudanças sugeridas.

 Nenhum comentário

Justiça eleitoral cassa mais um deputado de direita.


Vladimir Chaves



Um dos maiores líderes da direita goiana, deputado Fred Rodrigues (DC), teve seu mandato cassado em plenário virtual promovido pela ministra Carmem Lucia.

O julgamento considerado atípico, pois o Plenário Virtual (um julgamento online onde o acusado não pode se defender presencialmente) só é levado causas simples que ensejam cassação de mandato.

O ministro Nunes Marques chegou a pedir vistas do processo e esperava-se que ele levasse o julgamento ao plenário físico, mas a devolveu logo depois sem analisar a defesa de Fred Rodrigues. Nunes Marques acompanhou o relatório de Carmem Lúcia, se limitando a acompanhar as razões do Ministério Público Eleitoral que foram todas rejeitadas pelo TRE de Goiás.

A ação em questão girou em torno do indeferimento da candidatura de Fred pela não prestação de contas da eleição de 2020, quando concorreu à Câmara de Goiânia. Essas mesmas contas foram apresentadas no ano seguinte, em 2021, já fora do prazo. Por isso, ficou considerado como não prestadas.

Fred Rodrigues venceu todas as ações no TRE-GO após o Tribunal reconhecer que o deputado havia sido prejudicado em seu direito amplo. À época a vice-presidente do Tribunal Regional disse em seu voto que questões técnicas não podem ficar acima do voto popular.

Fred Rodrigues teve 42.784 votos, sendo o mais votado na capital e o 8º no geral. Além disso, fez a campanha mais barata dos 41 deputados eleitos e optou por não usar o fundo eleitoral.

Com a decisão do TSE a cadeira de Fred será ocupada por Cristovão Tormim que teve apenas 17 mil votos e que responde a processos por corrupção, nepotismo, improbidade e assédio sexual.

 Nenhum comentário

Governo de Goiás lança Programa de Liberdade Econômica para 2024


Vladimir Chaves

 


Um conjunto de medidas sem custo fiscal para acelerar a atividade econômica de Goiás. O Programa Estadual de Liberdade Econômica lançado pelo governo do estado, prevê uma série de mudanças para desburocratizar e reduzir custos de produção — e, com isso, avançar ainda mais na industrialização de Goiás. 

Segundo o governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil - GO) , o plano nasceu para dar autonomia ao setor produtivo, que gera emprego e renda. A ideia é agilizar a abertura de atividades de baixo risco. 

“Se o estado não cumprir esse prazo, o empresário já tem o direito de ter a licença automática. Isso então impõe, a nós, responsabilidade. E a ideia é facilitar a vida do empresário, porque muitas pessoas que vivem na informalidade hoje não constroem sua própria empresa por conta da grande burocracia — e o custo dessa burocracia.“

"O governo está indo na contramão do governo federal, facilitando a vida do empresário, oferecendo incentivos. É a prova de que quando o setores público e privado andam juntos, a chance de dar certo é muito maior" disse Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial Industrial do Estado de Goiás (Acieg). 

O programa segue parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo projeções do Instituto Mauro Borges (IMB), a previsão é de um incremento de R$ 19 bilhões na receita do setor produtivo. 

Reforma Tributária 

O programa foi lançado em meio à aprovação da Reforma Tributária no Congresso Nacional, que é publicamente criticada pelo governador Caiado. Segundo o chefe do executivo local, essa proposta de  reforma é pautada na “insensatez e irresponsabilidade" que ainda vem seguida da meta de déficit zero, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Durante o lançamento do programa, o governador goiano  ainda disse que "será preciso apertar o cinto e organizar o estado para enfrentar as mudanças que virão pela frente". Enfatizou ainda que duvida que a reforma passe. 

“Eu fiz um verdadeiro périplo pelo Brasil e mostrei o quanto isso vai promover um prejuízo. E eu sinceramente, nem acredito que essa reforma vai ser implantada. O que a gente está assistindo hoje é que eles não sabem nem o que eles vão aprovar.” 

Como vai funcionar o programa

Entre as principais medidas previstas pelo Programa estão a modernização do registro de bens e imóveis, que deve dar celeridade e fazer com que processos que demoravam 25 dias, passem a ser liberados em apenas duas horas. 

Outra medida do programa é a padronização dos procedimentos de inspeção, modernização do processo de elaboração das leis orçamentárias e a criação do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. 

Para Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), o pacote de medidas caminha na mesma direção da Federação. “Liberdade econômica é você ter facilidade para empreender em Goiás, é poder fazer de uma forma que quem quer aplicar o dinheiro não tenha os entraves que se tem em muitos estados. Goiás vem melhorando sobre esse assunto — e agora dá um passo muito importante.” 

O pacote de medidas apresentado deverá começar a valer no início de 2024. 

 Nenhum comentário

Congresso derruba veto de Lula ao marco temporal das terras indígenas


Vladimir Chaves

 


O Congresso Nacional derrubou o veto de Lula, ao projeto de lei do marco temporal das terras indígenas (PL 490/07). Os trechos serão incorporados à Lei 14.701/23.

O marco temporal definido pelo projeto restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em cinco de outubro de 1988, data da promulgação da nova Constituição federal.

Para serem consideradas terras ocupadas tradicionalmente deverá ser comprovado objetivamente que elas, na data de promulgação da Constituição, eram, ao mesmo tempo, habitadas em caráter permanente, usadas para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

Vários outros pontos vetados do texto também foram reincorporados à lei. Entre eles:

Proibição de ampliar terras indígenas já demarcadas;

Adequação dos processos administrativos de demarcação ainda não concluídos às novas regras;

Nulidade da demarcação que não atenda a essas regras.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário

Congresso derruba veto de Lula à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia


Vladimir Chaves



O Congresso Nacional rejeitou o veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. O texto, que havia sido vetado integralmente, será  agora promulgado como lei.

O benefício acabaria em 31 de dezembro de 2023 e será prorrogado até 31 de dezembro de 2027, como previa o Projeto de Lei 334/23. A renúncia com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões estimado pelo Ministério da Fazenda.

Com a desoneração, as empresas beneficiadas podem optar pelo pagamento das contribuições sociais sobre a receita bruta com alíquotas de 1% a 4,5% em vez de pagar 20% de INSS relativo aos empregados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Após sua promulgação volta a valer a Lei aprovada no Governo Jair Bolsonaro, evitando-se demissões nos 17 principais que mais contratam no Brasil. Caso o veto de Lula fosse mantido mais de 1 milhão de trabalhadores perderiam seus empregos.

No Senado Federal, foram 60 votos pela rejeição do veto e 13 a favor. Na Câmara dos Deputados, houve 78 votos a favor do veto e 378 por sua rejeição.

Municípios

Outro ponto do projeto que virará lei diminui, de 20% para 8%, a alíquota do INSS para municípios com população de cerca de 156 mil habitantes.

A redução seguirá uma gradação de acordo com o PIB per capita, conforme lista taxativa a ser publicada pelo Ministério da Fazenda, com base em dados do IBGE:

8% para os 20% de municípios com menor PIB per capita;

10,5% para aqueles entre 20% e 40% de menor PIB per capita;

13% para as cidades entre 40% e 60% com menor PIB per capita;

15,5% para municípios na faixa de 60% a 80% com menor PIB per capita; e

18% para os 20% de municípios com maior PIB per capita

 Nenhum comentário

Parlamento da Suíça suspende financiamento de ajuda para refugiados palestinos


Vladimir Chaves



A câmara do parlamento suíço votou, na última terça-feira (12), pela suspensão do financiamento fornecido à UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos. A decisão foi tomada após uma série de evidências de que a organização é complacente com incitações de terrorismo contra Israel.

Com essa medida, a Suíça cortou um orçamento de cerca de 21 milhões de dólares que eram destinados anualmente à UNRWA. O chefe da agência,  Philippe Lazzarini, lamentou a medida e escreveu no X (antigo Twitter) que esperava que o senado suíço anulasse a decisão.

Israel e outros grupos argumentam há muito tempo que os materiais escolares da UNRWA glorificam o terrorismo e o promovem o antissemitismo.

 

Via: Times of Israel

 Nenhum comentário

Congresso vota projetos orçamentários e vetos de Lula nesta quinta


Vladimir Chaves



O Congresso Nacional reúne-se nesta quinta-feira (14), às 10 horas, para votar 39 vetos, créditos extras e os projetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024 (PLN 4/23) e do Plano Plurianual (PPA) para 2024-2027 (PLN 28/23).

Confira a pauta completa

O PPA foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento na semana passada, e a LDO deve ser votada no colegiado na terça.

Vetos

Entre os vetos que aguardam votação estão os:

Novo arcabouço fiscal;

Voto de qualidade a favor do governo nas decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf);

Marco temporal das terras indígenas.

Para derrubar um veto presidencial é preciso pelo menos a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), computados separadamente na sessão conjunta.

Crédito extra

Além dos vetos e dos projetos da LDO e do PPA, deputados e senadores precisam votar 20 projetos de lei que abrem créditos extras de R$ 2,5 bilhões no Orçamento deste ano. Entre eles, estão:

O PLN 34/23, que abre crédito especial de R$ 50,8 milhões para obras e compras do Poder Judiciário;

O PLN 14/23, que abre crédito suplementar de R$ 25,8 milhões em favor dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; e das Mulheres;

O PLN 21/23, que destina R$ 393 milhões para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás).

 Nenhum comentário

Câmara dos EUA aprova abertura de inquérito de impeachment contra Joe Biden


Vladimir Chaves



A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou a abertura de um inquérito de impeachment do presidente Joe Biden, foram 221 a favor e 212 contra. A Casa tem a maioria de congressistas do Partido Republicano, que faz oposição ao atual governo, democrata.

Os republicanos da Câmara alegam que Biden e sua família lucraram indevidamente com as decisões tomadas por ele quando era vice-presidente de Barack Obama, de 2009 a 2017.

A investigação se concentra nas negociações comerciais de Hunter Biden, filho mais jovem do presidente americano.

A Casa Branca nega qualquer irregularidade e considera a investigação como politicamente motivada, visto que ocorre antes da eleição presidencial de 2024, na qual o republicano Donald Trump, o único presidente a sofrer processo de impeachment duas vezes, é o principal candidato a enfrentar Biden. Trump foi absolvido pelo Senado em ambas as ocasiões.

Hunter Biden foi convocado ontem, quarta-feira 13, para depor a portas fechadas sobre o assunto, mas não cumpriu sua intimação, alegando que quer que seu testemunho seja público.

A Câmara dos Representantes deverá votar se deseja apresentar acusações contra Biden, mas o poder de destituí-lo cabe ao Senado, onde a bancada majoritária é a do Partido Democrata.

 Nenhum comentário

Projeto propõe que estudantes do Fies paguem dívidas do programa por meio da prestação de serviço público


Vladimir Chaves



A proposta que prevê a possibilidade de estudantes com dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) saldarem parte de seus débitos, aprovada pela Comissão de Educação do Senado, pode garantir que os devedores abatam suas dívidas participando de programas de apoio ao serviço público nas áreas da saúde, educação, assistência social, entre outros.

O texto foi apresentado pela senadora Dorinha Seabra (União-TO), que ofereceu uma alternativa ao Projeto de Lei (PL) 3652/2023, que inicialmente visava o perdão total das dívidas dos estudantes no programa. Aprovada em caráter não terminativo, a matéria segue agora para avaliação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Conforme o texto aprovado, a cada semana de trabalho, com pelo menos 20 horas, os estudantes que possuem dívidas no Fies terão direito a reduzir uma prestação de sua dívida, além de receberem reembolso pelas despesas de transporte e alimentação.

Ainda de acordo com o texto, as dívidas são estimadas em R$ 11 bilhões, com mais da metade dos beneficiados com compromissos atrasados. Além disso, aponta que, do ponto de vista do direito constitucional à educação, essas dívidas se apresentam como uma contradição, principalmente porque, em sua maioria, os principais devedores são estudantes carentes ou trabalhadores.

Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação voltado para financiar a graduação de estudantes em cursos superiores pagos, conforme previsto na Lei 10.260/2001.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário

CPI das ONGs aprova relatório e pede indiciamento do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CNBio)


Vladimir Chaves



A comissão parlamentar de inquérito que investigou a atuação de organizações não governamentais na Amazônia (CPI das ONGs) aprovou seu relatório final nesta terça-feira (12). O documento apresenta seis projetos legislativos e pede o indiciamento do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, acusado de corrupção passiva e improbidade administrativa. Elaborado pelo senador Marcio Bittar (União-AC), o texto foi apresentado no último dia 5, quando foi aberto prazo para análise pelos demais integrantes da comissão. 

O Relator afirmou que as ONGs atuantes na Amazônia "têm interesse econômico".

Já o presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB-AM), apresentou um vídeo da TV Senado sobre diligências feitas na Amazônia. Segundo ele, “não cabia aos senadores apenas estar certos, mas provar que estão certos”. Plínio Valério afirmou que a CPI identificou “muita coisa errada” durante os trabalhos. 

Com prazo inicial de 130 dias de funcionamento, a CPI teve requerimento de prorrogação por mais 57 dias, aprovado em outubro. Foram realizadas 32 reuniões, aprovados 140 requerimentos, feitas 24 oitivas e cinco diligências nos estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso e Pará. Foram expedidos 280 ofícios e recebidos documentos sigilosos. 

“Achamos por bem ouvir seis ONGs. É bom que o brasileiro, que a brasileira, saiba e a gente reitere e reafirme: dessas seis ONGs ouvidas, elas, juntas, já arrecadaram mais de R$ 3 bilhões. É um dado para colocar sempre para os brasileiros. Esse dinheiro a gente pôde comprovar, sim, que é gasto, a maior parte, entre eles mesmos. Como eu digo, se a legislação brasileira não criminaliza isso, nós não podíamos, no relatório, criminalizá-los”.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário

Sabatina conjunta de Dino e Gonet na CCJ será nesta quarta-feira


Vladimir Chaves



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tem reunião marcada para quarta-feira (13), às 9h. Na pauta, a indicação do senador licenciado e atual ministro da Justiça, Flávio Dino, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e a do subprocurador Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR). A sabatina dos dois indicados será realizada de forma conjunta.

O relatório da indicação de Gonet (MSF 89/2023), a cargo do senador Jaques Wagner (PT-BA), foi lido na CCJ na última quarta-feira (6). Na mesma data, o senador Weverton (PDT-MA) leu seu relatório da indicação de Flávio Dino (MSF 88/2023). O presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), concedeu vista coletiva dos dois textos.

Dino

Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís (MA), em 1968. É advogado e professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1993. Tem mestrado em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e lecionou na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), de 2002 a 2006. Foi juiz federal por 12 anos, e exerceu os cargos de secretáriogeral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da presidência do Supremo.

De 2007 a 2011, foi deputado federal. Em seguida, presidiu o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), de 2011 até 2014, quando se elegeu governador do Maranhão pela primeira vez. Governou o estado por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022 e licenciou-se do cargo de governador em abril de 2022 para concorrer pela primeira vez ao Senado. Assumiu o mandato em 2023, mas logo se licenciou para chefiar o Ministério da Justiça.

Gonet

Paulo Gustavo Gonet Branco, 62 anos, é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também concluiu o doutorado, e tem mestrado em direito pela Universidade de Essex (Reino Unido). O indicado passou em primeiro lugar nos concursos para promotor de Justiça do Distrito Federal, em 1986, e procurador da República, em 1987, tendo optado pela carreira do Ministério Público Federal.

 

Em 2012, foi promovido por merecimento para o cargo de subprocurador-geral da República e, desde setembro deste ano, atua como procurador-geral eleitoral interino. Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Gonet é professor universitário. É coautor, junto com o ministro do STF Gilmar Mendes, do livro Curso de Direito Constitucional, obra vencedora do Prêmio Jabuti em 2008.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

 Nenhum comentário