Um dos maiores líderes da
direita goiana, deputado Fred Rodrigues (DC), teve seu mandato cassado em
plenário virtual promovido pela ministra Carmem Lucia.
O julgamento considerado
atípico, pois o Plenário Virtual (um julgamento online onde o acusado não pode
se defender presencialmente) só é levado causas simples que ensejam cassação de
mandato.
O ministro Nunes Marques
chegou a pedir vistas do processo e esperava-se que ele levasse o julgamento ao
plenário físico, mas a devolveu logo depois sem analisar a defesa de Fred
Rodrigues. Nunes Marques acompanhou o relatório de Carmem Lúcia, se limitando a
acompanhar as razões do Ministério Público Eleitoral que foram todas rejeitadas
pelo TRE de Goiás.
A ação em questão girou em
torno do indeferimento da candidatura de Fred pela não prestação de contas da
eleição de 2020, quando concorreu à Câmara de Goiânia. Essas mesmas contas
foram apresentadas no ano seguinte, em 2021, já fora do prazo. Por isso, ficou
considerado como não prestadas.
Fred Rodrigues venceu
todas as ações no TRE-GO após o Tribunal reconhecer que o deputado havia sido
prejudicado em seu direito amplo. À época a vice-presidente do Tribunal
Regional disse em seu voto que questões técnicas não podem ficar acima do voto
popular.
Fred Rodrigues teve 42.784
votos, sendo o mais votado na capital e o 8º no geral. Além disso, fez a
campanha mais barata dos 41 deputados eleitos e optou por não usar o fundo
eleitoral.
Com a decisão do TSE a
cadeira de Fred será ocupada por Cristovão Tormim que teve apenas 17 mil votos
e que responde a processos por corrupção, nepotismo, improbidade e assédio
sexual.
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