A Bíblia não é apenas um
livro entre tantos outros; é a revelação suprema de Deus à humanidade. Escrita
ao longo de aproximadamente 1.500 anos, por mais de 40 autores de diferentes
épocas, culturas, línguas e contextos históricos, carrega uma unidade impressionante
de pensamento e propósito. Essa harmonia não pode ser atribuída ao acaso ou à
habilidade humana, mas ao sopro do Espírito Santo que guiou cada escritor,
preservando, em cada linha, a revelação do plano eterno de Deus.
O Antigo Testamento contém
cerca de 23.145 versículos e o Novo Testamento 7.957, somando aproximadamente
31.102 versículos. Destes, cerca de 8 mil são profecias, muitas já cumpridas
com precisão surpreendente. Essa fidelidade profética transforma a Escritura em
um testemunho vivo de que Deus conduz a história com mão soberana. O que para
alguns poderia ser apenas um compêndio de escritos antigos, revela-se como a
manifestação da fidelidade divina registrada ao longo dos séculos.
Basta observar as profecias
messiânicas: séculos antes da encarnação de Cristo, detalhes de sua vida já
estavam profetizados. Miqueias predisse o nascimento em Belém (Mq 5:2),
Isaías descreveu o ministério de libertação (Is 61:1-3), Números apontou
para a estrela do oriente (Nm 24:17), Davi relatou com precisão a
crucificação no Salmo 22, mil anos antes de ela acontecer, e Zacarias
anunciou as trinta moedas da traição (Zc 11:12-13). Esses registros não
são meras coincidências históricas, mas evidências claras do governo absoluto
de Deus sobre o tempo e a eternidade.
Além das profecias sobre
Cristo, a Bíblia também descreve ascensão e queda de impérios e governantes,
revelando que nenhum poder humano se mantém fora do controle do Criador. Ao
lermos Mateus 24, percebemos que as palavras de Jesus acerca dos últimos
dias ressoam em nossos tempos: guerras, crises, sinais naturais e
transformações sociais que, em épocas passadas, seriam inimagináveis, hoje se
cumprem diante de nossos olhos.
No entanto, o propósito
central da Escritura não é apenas registrar fatos históricos, antecipar eventos
ou instruir em mandamentos morais. A Bíblia tem como centro a revelação do
plano de salvação em Cristo. De Gênesis a Apocalipse, encontramos o fio vermelho
da redenção: o Cordeiro prometido, o Messias esperado, o Salvador crucificado e
ressurreto, que voltará em glória. Cada livro, cada narrativa, cada profecia
aponta para Ele.
É nesse ponto que a Bíblia
responde às questões mais profundas da existência: De onde viemos? Qual é o
sentido da vida? Para onde vamos? Suas páginas não são apenas palavras humanas,
mas declarações eternas do próprio Deus, repetidas expressões como “Disse Deus”
e “Assim diz o Senhor” recordam-nos que ali não encontramos apenas opinião, mas
a voz viva do Criador que continua a falar hoje.
Por isso, não é possível
tratá-la como um simples documento histórico ou tradição cultural. A Bíblia é
viva, eficaz e atual; sua mensagem atravessa gerações, governos e sistemas
humanos. Negá-la ou reduzi-la a um livro antigo é o maior erro do homem
moderno, pois nela está a chave para compreender a vida, a morte e a
eternidade.
Ela continua sendo, como
sempre foi, a lâmpada que ilumina os nossos passos e a luz que guia o caminho (Sl
119:105). Não apenas um livro a ser lido, mas a Palavra eterna a ser crida,
obedecida e vivida, a única capaz de revelar a verdadeira origem, o real
propósito e o destino final de cada ser humano diante de Deus.
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