Sou a figueira que recebeu uma nova chance


Vladimir Chaves

Muitas vezes me vejo refletido na figueira da parábola de Jesus (Lucas 13:6-8).

Ali estava eu, plantado na vinha do Senhor, cercado de cuidado, envolto em amor, graça e oportunidades… e ainda assim, sem frutificar como Ele esperava.

Quantas vezes o Dono da vinha poderia ter me arrancado da terra que ocupava inutilmente?

Quantos anos desperdiçados, vivendo sem propósito, ignorando os cuidados que me eram dados?

Foi nesse deserto que descobri a misericórdia de Cristo.

Ele intercedeu por mim, pediu mais tempo, cuidou do meu coração endurecido.

Cavou ao meu redor, arrancou tudo que me impedia de crescer, regou minha alma com Sua Palavra, adubou minha vida com o Espírito Santo e soprou em mim um novo fôlego de esperança.

Hoje compreendo: não estou aqui por merecimento, mas porque Jesus acreditou em mim quando eu já havia perdido a fé em mim mesmo.

Cada amanhecer é prova viva de que ainda há esperança, de que ainda posso florescer, frutificar e glorificar o nome de Deus.

Esta parábola é a minha história. Eu sou a figueira que recebeu uma segunda chance.

Minha decisão é clara: não desperdiçar mais tempo. Quero frutificar em amor, fé e obediência. Minha vida é do Senhor da vinha, e tudo o que sou é por Ele e para Ele.

O passado não se apaga; ele me lembra de onde vim e do lugar que Deus me levantou.

A figueira seca, a improdutiva, as madrugadas tristes… tudo ficou para trás.

Ainda não cheguei onde Deus me ordenou, mas os galhos já estão livres de insetos e pragas, o chão ao redor está árido, as raízes não estão mais sufocadas, e os primeiros brotos da floração logo surgirão.

Meu Deus ordenou, meu Cristo me deu mais um ano, e minha fé e obediência não O decepcionarão.

Para honra e glória do meu Deus… eu chegarei lá.

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