Igreja que ensina mundo que se converte


Vladimir Chaves

A frase de Billy Grana: “Quando a igreja entender que pregação não é barulho e sim ensinamento, teremos mais convertidos do que emocionados”, revela a necessidade de resgatar a essência da pregação. Paulo já alertava: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). A ênfase não está no espetáculo, mas no ensino sólido.

Quando a pregação se reduz ao barulho, cria-se um ambiente de emoção passageira. Muitos se emocionam em um culto, mas sem raiz acabam se afastando. Jesus explicou isso na parábola do semeador: “Recebem a palavra com alegria, mas não têm raiz; creem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam” (Lc 8:13).

O ensino verdadeiro vai além da emoção: gera fé e transformação. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). O próprio Jesus pregava com autoridade, e o povo se admirava não do barulho, mas da clareza de sua doutrina (Mc 1:22).

O risco de sermões performáticos é formar discípulos superficiais. Paulo combateu isso em Corinto, afirmando: “Minha pregação não consistiu em palavras persuasivas, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4-5). O poder não está no tom da voz, mas na Palavra que convence e liberta.

Quando a igreja voltar ao ensino fiel das Escrituras, veremos menos seguidores movidos pela emoção e mais vidas transformadas pela verdade. Como disse Jesus: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).

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