Brasil à beira do abismo: A responsabilidade da igreja em meio à degradação


Vladimir Chaves

O Brasil atravessa uma das fases mais sombrias de toda a sua história. A deterioração da educação, a banalização da imoralidade, a destruição da família e a institucionalização da injustiça já não são meras tendências, mas realidades que moldam a vida nacional. E não é possível ignorar que essa decadência foi gestada, alimentada e disseminada por projetos ideológicos da esquerda, que relativizam valores eternos em nome de um “progresso” que na prática promove retrocesso moral e social.

A educação, antes destinada a formar cidadãos, tornou-se laboratório ideológico. O objetivo já não é transmitir conhecimento, mas doutrinar. As salas de aula foram transformadas em trincheiras onde princípios bíblicos, familiares e patrióticos são ridicularizados. Professores que ousam defender valores são intimidados, enquanto a relativização de tudo, da moral à biologia, é celebrada.

Na cultura, a degradação se tornou espetáculo. A indústria musical, fortemente influenciada por ideologias progressistas, promove abertamente drogas, prostituição e violência como se fossem símbolos de liberdade. O que deveria ser arte se tornou propaganda da decadência, moldando uma juventude que cresce sem referências sólidas, vulnerável a uma vida de vícios e desespero.

A família, célula básica da sociedade, é alvo de uma desconstrução sistemática. A esquerda não esconde seu projeto de dissolver os alicerces que sustentam os lares. O que é sagrado se torna motivo de piada; o casamento e a maternidade são tratados como opressão; e valores que mantinham gerações de pé são atacados como “retrógrados”. O resultado está diante de nós: lares desfeitos, crianças órfãs de pais vivos e uma geração desorientada.

Na política, a deterioração moral chegou ao limite. A corrupção, que sempre existiu, tornou-se sistema. O aparelhamento do Estado, promovido e ampliado pela esquerda, institucionalizou a injustiça: quem deveria aplicar a lei se converte em cúmplice de esquemas que premiam criminosos e punem o cidadão honesto. O discurso de “justiça social” foi sequestrado para justificar privilégios, perpetuar desigualdades e alimentar projetos de poder.

Diante desse cenário, a pergunta é inevitável: onde está a Igreja? Onde estão os cristãos que deveriam ser voz profética em meio ao caos? O silêncio é cúmplice. A Palavra adverte: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 4:17). A omissão de hoje será a ruína de amanhã.

Não é tempo de conformismo. Paulo já dizia: “Não vos conformeis com este mundo” (Romanos 12:2). A covardia não cabe no Evangelho. Deus nos chamou para sermos luz e sal (Mateus 5:13-14), não espectadores passivos da decadência. Calar-se diante do erro para manter amizades, posições ou aplausos é negar a essência da fé.

Se a Igreja se acovardar, entregaremos aos nossos filhos um Brasil sem valores, sem liberdade e sem fé. Mas se tivermos coragem de resistir à mentira, denunciar a corrupção e proclamar a verdade, ainda poderemos resgatar a esperança.


A esquerda pode continuar tentando impor sua agenda, mas a última palavra pertence a Deus e ao Seu povo fiel. O futuro do Brasil não será decidido apenas nas urnas ou nos palácios, mas também nos púlpitos, nos lares e na coragem de cada cristão em se posicionar. 

Jesus foi claro: “Quem não é por mim, é contra mim” (Mateus 12:30). Neutralidade não é opção. O Brasil está à beira do abismo, e a responsabilidade de impedir a queda começa com a Igreja de Cristo.

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