Brasil: Onde o ódio é aplaudido e a misericórdia esquecida


Vladimir Chaves

No domingo, 21 de setembro, o mundo mostrou duas realidades que não podem ser ignoradas. Nos Estados Unidos, mais de 300 mil pessoas reuniram-se em oração, não apenas para lamentar uma perda, mas para demonstrar publicamente o poder do perdão. A esposa de Charles Kirk perdoou o assassino do marido diante de milhares de pessoas, revelando a força de um princípio cristão que muitos conhecem de ouvir falar, mas poucos praticam: o perdão.

Efésios 4:32 nos lembra: "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo."

Enquanto isso, no Brasil, outro espetáculo acontecia, de caráter profundamente oposto. Artistas que, em sua maioria, não professam a fé cristã usaram palcos e shows para espalhar ódio, atacar quem pensa diferente e alimentar ressentimentos. O pior não é apenas a hostilidade em si, mas a hipocrisia: muitos desses mesmos artistas já foram beneficiados pela anistia, instrumento que concedeu perdão a milhares de pessoas, e, ainda assim, hoje negam perdão aos outros.

O contraste é brutal: de um lado, o perdão que cura e reconcilia; do outro, o ódio que corrompe e divide. O Brasil assiste, muitas vezes passivamente, à inversão de valores, na qual a memória do perdão é esquecida e a compaixão é substituída pelo revanchismo e pelo ódio. Esse comportamento revela não apenas uma falha moral, mas também espiritual, expondo uma sociedade que celebra a vingança e despreza a misericórdia.

O domingo, 21 de setembro, deve servir como alerta: sem perdão, sem compaixão e sem reconhecimento da dignidade do outro, não há futuro. O ódio, mesmo disfarçado de arte ou entretenimento, é corrosivo e destrói tanto quem o profere quanto quem o recebe. A pergunta permanece: o Brasil escolherá a reconciliação ou continuará a alimentar o ciclo da hostilidade, ignorando que o perdão é a base da justiça, da paz e da verdadeira liberdade?

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