Nos últimos meses, vieram à
tona episódios preocupantes em universidades públicas brasileiras: estudantes e
grupos evangélicos sendo impedidos de realizar encontros de oração, cultos ou
simples reuniões de leitura bíblica em seus campi. Casos na UDESC, em Santa
Catarina, e na UFRGS, no Rio Grande do Sul, ganharam repercussão nacional,
evidenciando uma contradição que precisa ser denunciada: justamente os espaços
que deveriam ser o berço da pluralidade e da livre circulação de ideias estão
se tornando terreno fértil para a intolerância religiosa.
É fato notório que as
universidades públicas, há décadas, são dominadas por setores da esquerda, que
hegemonizam diretórios estudantis, centros acadêmicos e reitorias. Em nome da
defesa da “laicidade”, aquilo que se vê na prática é uma hostilidade cada vez
maior contra manifestações de fé, especialmente contra o público evangélico,
que cresceu e se consolidou como força social e política no Brasil.
O paradoxo é claro: quando o
tema é política, ideologia de gênero ou militância partidária, os campi se
abrem sem restrições, sob a bandeira da liberdade de expressão. Porém, quando
se trata de um grupo que deseja orar, ler a Bíblia ou cantar louvores, a mesma
liberdade é imediatamente cerceada, com justificativas frágeis e, muitas vezes,
carregadas de preconceito.
O perigo desse avanço da
intolerância é evidente. Se as universidades públicas, financiadas com recursos
de toda a sociedade, passam a perseguir manifestações religiosas legítimas,
abre-se a porta para um Estado que, em vez de ser laico, torna-se antirreligioso.
Laicidade não é expulsar a fé do espaço público, mas garantir que todas as
crenças convivam em igualdade, sem privilégios e sem perseguições.
Tratar evangélicos como
cidadãos de segunda classe dentro das universidades é corroer os pilares da
democracia. A liberdade de crença está inscrita na Constituição como um direito
fundamental, e negá-la sob o manto da “autonomia universitária” é não apenas
inconstitucional, mas também injusto e perigoso para o futuro da convivência
plural no país.
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