Quando o tema é aborto, a
ética cristã não deixa espaço para relativismos, justificativas frágeis ou
discursos políticos disfarçados de compaixão. A Palavra de Deus é cristalina:
“Os teus olhos viram o meu
corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais
iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.16).
A vida não é acidente, nem
acaso biológico. A vida é obra direta do Criador desde o primeiro instante da
concepção. Reduzi-la a um “produto” manipulável por ideologias humanas é rasgar
o plano divino e profanar o sopro de Deus.
O Senhor é o único doador da
vida (Gn 2.7; Jó 12.10). É Ele quem sopra o fôlego vital no ser humano,
concedendo-lhe dignidade inegociável. Por isso, qualquer tentativa de
interromper esse processo não é apenas uma escolha: é afronta declarada contra
o Autor da vida. Defender o aborto é negar a essência do cristianismo. E pior:
um cristão que relativiza, silencia ou se alia a ideologias abortistas trai a
revelação divina e se coloca em oposição direta ao Deus que declara: “Antes
que te formasse no ventre, eu te conheci” (Jr 1.5).
É necessário falar com
clareza: aborto não é “direito reprodutivo”, não é “autonomia da mulher”, não é
“questão de saúde pública”. Aborto é assassinato de inocentes. É feticídio. É o
sacrifício cruel de vidas indefesas em nome do prazer, da conveniência ou de
uma ideologia perversa. Parte da sociedade pode tentar suavizar, chamando-o de
“procedimento médico”. Mas a Escritura desmascara e o chama pelo nome que
carrega seu peso: assassinato.
O ventre materno, criado por
Deus para ser o abrigo mais seguro da vida, tem sido transformado em campo de
extermínio silencioso. Isso não é progresso. É pacto com ideologias satânicas
que banalizam o sangue inocente.
Por isso, não existe
neutralidade para o cristão: ou se defende a sacralidade da vida, ou se apoia a
cultura da morte. Não há meio-termo. Um cristão que vota ou apoia defensores do
aborto escolhe as trevas em vez da luz e nega o evangelho da vida. Defender o
nascituro não é questão de opinião política, mas de fidelidade absoluta a Deus
e à Sua Palavra.
O aborto é um dos gritos
mais altos da decadência humana da nossa geração. E diante dessa barbárie, cabe
aos filhos de Deus não apenas rejeitar, mas denunciar, resistir e proclamar a
verdade: a vida é dom sagrado do Senhor, e ninguém tem o direito de arrancá-la
de quem não pode se defender.
Cristãos não foram chamados
para o silêncio, mas para ser sal e luz. Defender o bebê no ventre é missão de
justiça, é compromisso com a verdade e é prova de amor ao próximo em sua forma
mais vulnerável. Não há vida mais preciosa a ser protegida do que aquela que
ainda nem pode clamar por si mesma.
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