O ninho junto ao altar de Deus


Vladimir Chaves


“Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.” (Salmo 84:3)

O salmo nos mostra uma cena simples, mas profunda: até os pássaros encontram abrigo junto aos altares do Senhor. O pardal e a andorinha revelam a natureza acolhedora de Deus. O altar, que poderia ser visto apenas como lugar de sacrifício e reverência, também é espaço de descanso e cuidado. O que para os homens parece distante, para as criaturas mais frágeis se torna refúgio. Assim, aprendemos que a presença de Deus é inclusiva, aberta a todos que o buscam.

A salmista expressa até um certo “ciúme” das aves. Elas viviam diariamente nos átrios do Senhor, enquanto ele precisava esperar festas e peregrinações para estar no templo. Isso mostra o quanto seu coração ardia pela presença de Deus. Hoje, em Cristo, o templo se tornou vivo dentro de nós. Ainda assim, muitas vezes buscamos abrigo em coisas frágeis, como se fossem suficientes para nos sustentar.

O versículo também nos convida a refletir sobre onde temos feito o nosso “ninho”. As aves escolhem o templo porque ali encontram segurança. E nós, onde firmamos o centro da nossa existência? Se nos apoiamos apenas em conquistas materiais, vivemos inseguros. Mas quando escolhemos a presença de Deus como morada, encontramos um refúgio firme. O altar não deve ser apenas um lugar de passagem, mas o ponto de encontro diário que fortalece nossa vida.

Por fim, o salmo nos lembra que como o pardal e a andorinha, somos chamados a permanecer próximos ao altar. Se até os pássaros têm lugar no coração de Deus, quanto mais nós, criados à Sua imagem. O convite é claro: fazer da presença do Senhor o nosso lar seguro, onde há descanso, proteção e vida verdadeira.

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