“Até o pardal encontrou
casa, e a andorinha, ninho para si, e para a sua prole, junto dos teus altares,
Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.” (Salmo 84:3)
O salmo nos mostra uma cena
simples, mas profunda: até os pássaros encontram abrigo junto aos altares do
Senhor. O pardal e a andorinha revelam a natureza acolhedora de Deus. O altar,
que poderia ser visto apenas como lugar de sacrifício e reverência, também é
espaço de descanso e cuidado. O que para os homens parece distante, para as
criaturas mais frágeis se torna refúgio. Assim, aprendemos que a presença de
Deus é inclusiva, aberta a todos que o buscam.
A salmista expressa até um certo
“ciúme” das aves. Elas viviam diariamente nos átrios do Senhor, enquanto ele
precisava esperar festas e peregrinações para estar no templo. Isso mostra o
quanto seu coração ardia pela presença de Deus. Hoje, em Cristo, o templo se
tornou vivo dentro de nós. Ainda assim, muitas vezes buscamos abrigo em coisas
frágeis, como se fossem suficientes para nos sustentar.
O versículo também nos
convida a refletir sobre onde temos feito o nosso “ninho”. As aves escolhem o
templo porque ali encontram segurança. E nós, onde firmamos o centro da nossa
existência? Se nos apoiamos apenas em conquistas materiais, vivemos inseguros.
Mas quando escolhemos a presença de Deus como morada, encontramos um refúgio
firme. O altar não deve ser apenas um lugar de passagem, mas o ponto de
encontro diário que fortalece nossa vida.
Por fim, o salmo nos lembra
que como o pardal e a andorinha, somos chamados a permanecer próximos ao altar.
Se até os pássaros têm lugar no coração de Deus, quanto mais nós, criados à Sua
imagem. O convite é claro: fazer da presença do Senhor o nosso lar seguro, onde
há descanso, proteção e vida verdadeira.
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