Muitos confundem emoção com
unção, impulso com inspiração, e voz interior com a voz do Espírito Santo. Mas
é preciso discernir: o Espírito Santo é santo, e jamais conduzirá alguém ao
pecado, à injustiça ou à maldade. Ele é o Espírito da verdade, e não da mentira;
da edificação, e não da destruição.
Jesus declarou: “Mas quando
vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (João 16:13).
Isso significa que toda
inspiração que conduz à mentira, à fofoca, ao roubo ou à difamação não vem de
Deus, ainda que pareça justificada por emoções ou “boas intenções”. O Espírito
Santo não age fora do caráter de Deus: e Deus é luz, em quem não há treva
alguma (1 João 1:5).
Desde o Éden, o diabo tem se disfarçado de inspirador. Ele sussurrou à mente de Eva com uma aparente sabedoria:
“É certo que não
morrereis... sereis como Deus” (Gênesis 3:4-5).
A tentação parecia um
convite à elevação espiritual, mas era, na verdade, o início da queda moral da
humanidade. Assim também ocorre hoje: quando alguém diz que “sentiu no coração”
para falar mal de outro, ou “teve uma direção” para agir desonestamente, é
preciso lembrar que nem todo sentimento vem do Espírito Santo.
“Se tendes inveja amarga e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica” (Tiago 3:14-15).
Ou seja, há uma sabedoria
falsa, uma “inspiração” que nasce da carne e é soprada pelo inimigo. Ela
disfarça o pecado de zelo, a maledicência de “preocupação”, a mentira de
“justiça”. Mas no fim, tudo isso destrói, divide e mata, exatamente o que o
diabo veio fazer (João 10:10).
O Espírito Santo gera
frutos; o espírito do mundo, escândalos.
“o fruto do Espírito é amor,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio” (Gálatas 5:22-23).
Se algo que “te inspira”
resulta em contenda, difamação ou injustiça, não é o Espírito Santo, mas o
inimigo que está soprando em teus ouvidos.
A sedução da falsa
espiritualidade
Infelizmente, muitos hoje se
deixam guiar por “revelações” e “sentimentos espirituais” que não passam de
impulsos carnais. Justificam o pecado com uma espiritualidade superficial, como
se o Espírito Santo fosse cúmplice das suas vaidades e ressentimentos.
Se a Bíblia diz “não dirás
falso testemunho” (Êxodo 20:16) e “não andarás como mexeriqueiro” (Levítico
19:16), então nenhuma “voz interior” que te incite a fazer isso pode ser
divina.
“Examinai tudo. Retende o
bem” (1 Tessalonicenses 5:21).
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