As antigas heresias não
desapareceram; apenas mudaram de aparência. O inimigo continua o mesmo, embora
assuma novas formas.
Mas a arma para enfrentá-lo
permanece a mesma: “Prega a Palavra, insta, a tempo e fora de tempo” (2Tm
4.2).
A verdade de Deus continua
sendo a única luz capaz de dissipar as trevas do engano. As heresias prosperam
quando os que conhecem a verdade escolhem o silêncio: seja por medo,
conveniência ou indiferença.
O silêncio dos santos é o
terreno fértil onde as mentiras crescem e ganham força.
Sigamos o exemplo do
apóstolo Paulo e reafirmemos com coragem: “Pregamos a Cristo crucificado” (1Co
1.23).
O Evangelho não é uma
mensagem de autoafirmação, mas de renúncia do eu. É preciso resistir à
transformação dos púlpitos em palcos de autoajuda, onde o homem ocupa o centro
e Cristo é apenas figurante.
A verdadeira pregação tem um
único propósito: exaltar o Cordeiro e apontar para a cruz; não para o pregador,
nem para o espelho.
Em nossos dias, o
sincretismo religioso tenta diluir o Evangelho, misturando-o com filosofias
humanas e crenças antigas. Essa mistura cria uma fé adulterada, na qual o santo
e o profano convivem lado a lado.
Mas o apóstolo Paulo
adverte: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co
10.21). O Evangelho não se mistura.
Seguir a Cristo exige
exclusividade e entrega total, pois quem tenta conciliar o inconciliável acaba
perdido na confusão espiritual desta geração.
Devemos também denunciar o
mercado da fé, que transforma o nome de Jesus em marca e o altar em vitrine.
Desde os tempos apostólicos,
Paulo já alertava sobre os que faziam da piedade uma fonte de lucro. Hoje,
muitos pregam um cristianismo sem cruz, sem arrependimento e sem senhorio, um
“evangelho do coach”, que vende bênçãos como produtos e transforma a esperança
em negócio.
É a fé reduzida a
mercadoria, onde o lucro vale mais que a verdade.
Outros ainda ensinam que a
graça permite viver no pecado, mas Paulo responde: “Permaneceremos no pecado,
para que a graça abunde? De modo nenhum” (Rm 6.1-2).
A graça não é permissão para
pecar, e sim poder para vencer o pecado. Um evangelho sem cruz é um evangelho
sem Cristo.
Crer é apenas o início; é
preciso obedecer e viver conforme a vontade de Deus, rejeitando tradições
humanas disfarçadas de santidade.
Em meio a tantas vozes que
tentam moldar a fé à cultura, o verdadeiro discípulo permanece firme na
Escritura.
É tempo de despertar,
empunhar a espada do Espírito e proclamar com ousadia: Cristo é o centro de
tudo: ontem, hoje e eternamente.
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