A bênção que não pedimos pode gerar batalhas que não esperamos


Vladimir Chaves

Davi não pediu para ser rei. Era apenas um pastor de ovelhas quando foi ungido por Samuel. Ainda assim, antes de sentar-se no trono, enfrentou perseguições, exílios e quase perdeu a vida nas mãos de Saul.

José também não pediu para ser o filho preferido de Jacó, nem para receber a túnica colorida que o diferenciava entre seus irmãos. Mas por causa dela (símbolo de favor) quase morreu em uma cova e foi vendido como escravo para o Egito.

Ambos ilustram uma realidade dura e, ao mesmo tempo, reveladora: às vezes, o simples fato de carregarmos algo que Deus decidiu colocar em nossas mãos é suficiente para despertar inveja, perseguição e ódio. Não por algo que fizemos, mas por aquilo que representamos.

Essa verdade ecoa até hoje. Talvez você não tenha pedido a posição em que está, o dom que carrega, a porta que se abriu. Ainda assim, Deus quis lhe entregar. E, por isso, alguns não suportam ver sua existência como um testemunho vivo da graça e da escolha divina.

Jesus nos alertou:

“E sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mateus 10:22)

A rejeição, portanto, não é sinal de que você está no caminho errado, mas muitas vezes de que está exatamente onde Deus queria. Davi e José atravessaram desertos de rejeição até ver o propósito se cumprir. Você também pode estar nesse processo, e a fidelidade de Deus será o selo que confirmará cada promessa.

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