A Palavra que nos livra da morte


Vladimir Chaves

“Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha Palavra, não verá a morte, eternamente” João 8:51

Há palavras que ouvimos e logo esquecemos. Há outras que até nos emocionam, mas passam sem deixar marcas. Mas Jesus fala de uma palavra diferente. Ele diz: “Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.”

Essa não é apenas uma frase bonita; é uma promessa eterna.

Guardar a palavra de Jesus não significa apenas conhecê-la de memória. Significa deixá-la morar dentro de nós, orientar nossos passos, moldar nossas escolhas e transformar o nosso coração. É permitir que sua voz seja mais forte que o medo, mais clara que a dúvida e mais firme que as tempestades da vida.

Jesus não promete que não enfrentaremos dificuldades. Ele não diz que o corpo nunca vai adoecer ou que a vida será sempre tranquila. Mas Ele garante algo infinitamente maior: quem guarda sua palavra não será vencido pela morte espiritual, não será separado de Deus, não cairá no vazio eterno.

Há uma morte que o mundo teme, mas há outra que é mais profunda, a morte da alma, a separação de Deus. E é dessa que Jesus nos livra quando abraçamos sua palavra.

Ele nos chama a viver com propósito, com fé, com esperança, com obediência. Nos chama para perto, para uma vida que não termina no túmulo.

Quando seguimos a palavra de Cristo, começamos a experimentar aqui mesmo uma vida diferente: paz que o mundo não entende, certeza no meio da incerteza, força onde parece não haver forças. É como se a eternidade já começasse a pulsar dentro de nós.

Guardar a palavra de Jesus é escolher a vida.

É escolher a luz.

É escolher caminhar com aquele que venceu a própria morte.

E essa promessa é para “quem quiser”.

Basta abrir o coração, ouvir sua voz e caminhar na direção que Ele indica.

Que hoje você encontre descanso nessa verdade:

se você guarda a palavra de Cristo, você não está caminhando para a morte, você está caminhando para a vida.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

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Chamados da escuridão para a luz — Uma reflexão sobre 1 Pedro 2:9


Vladimir Chaves

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” 1 Pedro 2.9

A Palavra nos lembra que, em Cristo, não somos mais definidos pelo que fomos ou pelo que fizemos. Somos definidos por quem nos chamou.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus…”

Essas palavras não são títulos vazios. São verdades sobre quem somos, mesmo quando não nos sentimos assim. Deus não nos chamou por acaso. Ele nos escolheu. Ele nos viu quando ainda estávamos nas trevas e decidiu nos trazer para perto.

Quando a Bíblia diz que somos “raça eleita”, lembra-nos de que nossa identidade não vem da aprovação dos outros, dos nossos erros do passado ou das circunstâncias atuais. Vem de Deus. Ele nos escolheu para caminhar com Ele.

Como “sacerdócio real”, somos lembrados de que temos acesso direto ao Pai. Não precisamos de intermediários humanos para falar com Deus. Ele abriu o caminho para que fôssemos seus representantes, levando esperança onde há desgosto, oração onde há dor, e paz onde há conflito.

Ser “nação santa” significa que fomos separados para algo maior. Não para viver escondidos do mundo, mas para viver de um jeito que mostre que a presença de Deus transforma. Nossa vida deve ser uma luz acesa em meio à escuridão.

E quando Pedro diz que somos “povo de propriedade exclusiva de Deus”, ele nos lembra que pertencemos a Alguém que nunca falha. Somos guardados, valorizados e cuidados pelo Senhor. Em um mundo que tenta nos arrancar a identidade, Deus afirma: “Você é Meu.”

Mas nada disso é apenas para nós. Deus nos chama para um propósito: “a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

A verdadeira transformação acontece quando reconhecemos que fomos tirados da escuridão e colocados na luz, e então decidimos compartilhar essa luz. Nosso testemunho, nossas atitudes, nossa maneira de viver, tudo isso fala da bondade de Deus.

Você não é mais alguém que caminha no escuro.

Você é alguém chamado para brilhar.

Você é luz porque Cristo é luz em você.

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Por mais Bíblia e menos teatro


Vladimir Chaves

As seitas se alimentam da falta de Bíblia, da ausência de teologia séria. Onde a Palavra é ignorada, qualquer vento de doutrina encontra espaço para enganar, confundir e desviar. Não é à toa que o apóstolo Paulo advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina… e se recusarão a dar ouvidos à verdade” (2Tm 4:3–4).

Mas nas igrejas que priorizam as Escrituras, a sã doutrina e a centralidade em Cristo, a mentira é sufocada, os fariseus perdem forças e o Espírito Santo reina. Onde a Bíblia é aberta com reverência e fé, a luz dissipa as trevas, a verdade confronta o erro e o evangelho puro transforma corações.

Jesus orou: “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade” (Jo 17:17). Não existe santificação sem Escritura. Não existe igreja saudável sem exposição fiel da Palavra. Não existe avivamento real onde Cristo não é o centro.

Quando a igreja troca a Bíblia por performances, a pregação por discursos motivacionais, e a verdade por emoções momentâneas, ela perde seu poder espiritual. O teatro pode comover, mas só a Palavra pode converter. O espetáculo pode entreter, mas só a verdade pode libertar: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).

O Espírito Santo nunca age em contradição com a Escritura. Ele sopra onde Cristo é exaltado, onde o evangelho é pregado com fidelidade, onde a doutrina é tratada com seriedade. É por isso que a igreja primitiva perseverava “na doutrina dos apóstolos” (At 2:42), e por isso experimentava poder, temor e crescimento saudável.

A igreja não precisa ser moderna, mas bíblica. Não precisa ser teatral, mas fiel. Não precisa ser popular, mas verdadeira. O que mantém a igreja viva não é performance, é Palavra; não é palco, é cruz; não é sensacionalismo, é Cristo.

Por isso, ecoa o clamor de Ageu: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ag 2:9). Essa glória não está na produção humana, mas na presença de Deus entre um povo que honra sua Palavra.

Por mais Bíblia e menos teatro.

Por mais verdade e menos performance.

Por mais Cristo e menos ego.

Onde a Escritura reina, o Espírito Santo encontra morada. Onde a Palavra é viva, o engano morre. E onde Cristo é o centro, toda glória pertence ao Senhor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

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O Deus que peleja por você


Vladimir Chaves

“Pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai conosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar.” Deuteronômio 20:4

Às vezes a vida parece um campo de batalha. Problemas se levantam como gigantes, preocupações nos cercam como exércitos e, mesmo tentando ser fortes, há dias em que nossas forças não são suficientes. É justamente nesses momentos que esta promessa brilha como um farol: não enfrentamos nada sozinhos.

Deus não é um observador distante, alguém que apenas assiste aos nossos conflitos. A Palavra afirma que Ele vai conosco, caminha ao nosso lado e entra na luta por nós. Ele não apenas nos acompanha, Ele peleja. Ele age, intervém, protege, abre caminhos e traz livramento onde parecia não haver saída.

Nossos “inimigos” hoje podem não ser exércitos armados, mas podem ser o medo, a ansiedade, as injustiças, a pressão da vida, doenças, crises familiares, financeiras ou emocionais. Seja qual for o nome da batalha, a promessa permanece: Deus luta por aqueles que confiam n’Ele.

Quando entendemos isso, algo muda dentro de nós. Não porque a batalha deixa de existir, mas porque sabemos quem está no controle. A paz chega, porque a vitória não depende apenas da nossa força, mas do Deus que salva, guarda e sustenta.

Então, respire fundo. Levante a cabeça. Caminhe com coragem.

O Deus que prometeu estar ao seu lado não falha, não recua e não perde batalhas.

Se Ele vai à sua frente, você pode seguir confiante: o livramento virá no tempo certo.

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Deus faz muito além das nossas orações


Vladimir Chaves

Efésios 3:20 diz: “Aquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós.”

Esse versículo é uma declaração poderosa sobre a grandeza de Deus e sobre a ação do seu poder na vida do crente. Deus não está limitado pelas nossas expectativas, pedidos ou imaginação. Muitas vezes, pedimos pouco porque enxergamos pouco; pensamos pequeno porque avaliamos tudo pelas circunstâncias que vemos. Mas Deus vai além; Ele opera em uma esfera ilimitada, transcende nossas previsões e realiza coisas que ultrapassam a lógica humana.

O versículo destaca ainda que esse agir extraordinário de Deus não é algo distante: ele acontece “segundo o Seu poder que opera em nós”. Ou seja, não é apenas um poder externo, mas um poder presente, ativo e transformador dentro do cristão. É o mesmo poder que ressuscitou Cristo, agora agindo no interior daqueles que creem. Isso lembra que a fé não é apenas uma crença, mas uma vida habitada pelo Espírito.

Em termos práticos, Efésios 3:20 nos chama a confiar mais profundamente no agir de Deus, a não limitar nossas orações e a entender que os planos dEle são maiores que os nossos. O cristão não caminha apoiado na própria força, mas num poder divino que supera barreiras, abre portas e realiza propósitos eternos. Esse versículo é um convite a viver com esperança, a sonhar segundo a vontade de Deus e a descansar sabendo que Ele sempre pode fazer “infinitamente mais”.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

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Parem de inventar regras que não estão na Bíblia


Vladimir Chaves

Em Juízes 17:6 lemos: “Naquele tempo não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia certo aos seus próprios olhos.”

Esse versículo retrata um povo sem referência. Sem direção, cada um criava suas próprias regras, seus próprios caminhos e suas próprias verdades. O resultado sempre era o mesmo: confusão, distorções e sofrimento.

Hoje não é diferente. Quando deixamos a Palavra de Deus de lado e começamos a criar normas, tradições ou exigências que Ele jamais pediu, repetimos o erro antigo: fazemos o que parece certo aos nossos olhos, mas não o que é certo diante do Senhor.

A fé não precisa de enfeites, acréscimos humanos ou pesos religiosos.

Deus é claro no que deseja: que O amemos, que O obedeçamos e que caminhemos segundo a verdade da Escritura.

Inventar regras além da Bíblia não nos aproxima de Deus; pelo contrário, nos afasta da graça e nos prende ao legalismo.

Por isso, o caminho é simples: volte à Palavra.

Ela é suficiente. Ela é clara. Ela é segura.

Quando seguimos o que Deus disse, e não o que os homens inventam, encontramos liberdade, paz e propósito.

domingo, 7 de dezembro de 2025

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Quando o coração aprende a descer


Vladimir Chaves

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3

A rotina, a convivência e até os comentários do dia a dia podem nos levar a querer provar quem está certo, quem sabe mais ou quem merece mais. Mas Filipenses 2:3 nos chama para um caminho diferente: um caminho que quase ninguém quer seguir, mas que todos nós precisamos aprender: o caminho da humildade.

A Bíblia em Filipenses 2:3 diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória.”

Em outras palavras: não viva tentando vencer discussões, e não faça as coisas apenas para ser visto. Quantas vezes o nosso melhor se perde porque a intenção não está no lugar certo? Às vezes fazemos o certo, mas com o coração errado.

A verdadeira transformação acontece quando entendemos que Deus não está olhando apenas para o que fazemos, mas para por que fazemos.

E completa: “... mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.”

Isso não significa achar que somos piores que os outros, mas aprender a enxergar valor nas pessoas, honrar o próximo, ouvir antes de julgar, servir antes de exigir.

A humildade não diminui ninguém. Ela nos ensina que crescer, às vezes, é descer.

Descer do orgulho que machuca.

Descer da necessidade de estar certo o tempo todo.

Descer da vaidade que cansa.

Descer para amar, para perdoar, para recomeçar.

Quando o coração aprende a descer, a vida fica mais leve. As relações ficam mais sinceras. O ambiente muda. E principalmente: Deus é glorificado, porque o caráter de Cristo começa a aparecer em nós.

Filipenses 2:3 é um convite para vivermos com menos vaidade e mais propósito; com menos disputa e mais serviço; com menos “eu” e mais de Cristo.

E, no fim, descobrimos que quem escolhe o caminho da humildade não perde, descobre um novo jeito de vencer.

sábado, 6 de dezembro de 2025

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Eli, Samuel e nós: Advertências sobre a negligência paterna


Vladimir Chaves

A paternidade, desde os primórdios da humanidade, sempre carregou uma profunda responsabilidade espiritual, emocional e moral. A própria história bíblica nos alerta para os perigos de uma paternidade exercida de forma negligente. Eli e Samuel (homens de Deus, fiéis e irrepreensíveis em seu ministério) falharam justamente nesse ponto: não cuidaram devidamente do próprio lar.

É impressionante perceber que sacerdotes que ministravam diante de todo Israel e eram referência espiritual para a nação não enxergaram a corrupção e o desvio no coração de seus próprios filhos. Exercitavam autoridade diante do povo, mas não dentro de casa. Eram vigilantes no tabernáculo, mas descuidados no convívio familiar.

Essa realidade não ficou no passado. Hoje, repete-se continuamente. Muitos pais (inclusive cristãos, líderes e trabalhadores dedicados) se esforçam para prover sustento, cumprir compromissos e cuidar de responsabilidades externas, mas deixam um vazio emocional e espiritual dentro de casa. A ausência de uma autoridade equilibrada, presente e amorosa tem gerado filhos inseguros, desorientados, revoltados e, muitas vezes, profundamente decepcionados com os próprios pais.

A Bíblia e a experiência humana concordam: a presença do pai é insubstituível. Ela funciona como um ponto de apoio interior, um referencial de estabilidade. Onde o pai está presente, conversa, corrige com amor, ora com os filhos, demonstra afeto e estabelece limites, a família respira segurança. Onde está ausente (física ou emocionalmente) abre-se uma lacuna que afeta profundamente a formação moral e espiritual dos filhos.

Estudos atuais apenas confirmam o que a Escritura já ensinava: o pai influencia o equilíbrio emocional, o senso de responsabilidade, a visão de futuro, a capacidade de fazer escolhas, a definição de prioridades e até a compreensão do que é bondade, gentileza e integridade. Não à toa, em 1 Timóteo 3.4, Paulo afirma que o pai cristão precisa governar bem a própria casa, pois isso revela maturidade e coerência de caráter.

Os exemplos de Hofni e Finéias (filhos de Eli), bem como dos filhos de Samuel, são advertências vivas. Apesar de cercados por um ambiente religioso, treinados em rituais e familiarizados com a Lei, faltou-lhes aquilo que somente a presença paterna diária pode produzir: relacionamento pessoal com Deus, caráter moldado, proximidade afetiva, direção firme. Suas histórias mostram que prática religiosa alguma substitui o papel essencial do pai no lar.

Talvez a maior lição desses relatos seja esta: não basta ser um homem de Deus em público; é preciso ser um homem de Deus dentro de casa. Ministérios podem florescer e reputações podem crescer, mas, se o coração dos filhos for negligenciado, o preço será alto demais.

Assim, a Escritura nos convida a uma reflexão sincera:

– Como temos exercido nossa paternidade?

– Somos presentes ou apenas provedores?

– Conversamos ou apenas corrigimos?

– Ensinamos sobre Deus apenas com palavras ou também com o exemplo?

– Nossa autoridade se expressa em amor ou está ausente justamente quando mais necessária?

A família é o primeiro ministério, o primeiro altar, o primeiro campo de missão. Quando o pai assume seu papel com responsabilidade, sensibilidade e temor do Senhor, forma filhos fortes, espiritualmente saudáveis e preparados para a vida. Mas quando falha, como falharam Eli e Samuel, o impacto ultrapassa o lar e pode ecoar por gerações.

Que esse alerta bíblico desperte em cada pai (presente ou futuro) a consciência de que a paternidade é uma chamada divina, e a fidelidade a essa missão é um legado que molda destinos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

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Efésios 4:25 — A verdade que sustenta o corpo de Cristo


Vladimir Chaves

“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” Efésios 4:25

Não é apenas um chamado para falar a verdade, mas para viver nela. Para muitos, a mentira não começa com palavras, mas com pequenas concessões internas: sentimentos escondidos, intenções disfarçadas, versões suavizadas da realidade. Com o tempo, essas pequenas sombras se tornam parte do cotidiano, até que a alma já não sabe onde termina a luz e começa a escuridão.

A Bíblia em Efésios 4:25 nos convida a romper esse ciclo.

A mentira é sempre uma ruptura; rompe a comunhão, rompe a confiança, rompe a integridade. A verdade, ao contrário, é um fio que costura relacionamentos, fortalece vínculos e alinha nosso coração ao de Deus.

Falar a verdade com o próximo é um ato de coragem espiritual. Requer humildade para admitir erros, maturidade para expor pensamentos com amor e disposição para viver com transparência. Mas é justamente essa transparência que cura. Onde a verdade entra, o ar flui, a comunhão respira, o Corpo de Cristo se fortalece.

A verdade não é uma arma, é uma ponte.

Não foi dada para ferir, mas para conectar.

Não para humilhar, mas para libertar.

E há uma razão maior por trás do mandamento: “somos membros uns dos outros.”

Ou seja, não caminhamos sozinhos. A minha verdade sustenta o outro. A verdade do outro me sustenta. Somos partes de um mesmo Corpo. Quando escolho mentir, não prejudico apenas a mim mesmo, eu enfraqueço a todos que caminham comigo.

Viver na verdade é um chamado para ser inteiro.

É permitir que Deus alinhe o que somos por dentro com o que mostramos por fora.

É deixar a luz entrar nas áreas que preferíamos manter fechadas.

É escolher a sinceridade mesmo quando ela nos custa algo.

No fim, Efésios 4:25 nos lembra: a verdade não é simples honestidade, é transformação.

E cada vez que escolhemos a verdade, estamos respondendo ao convite de Deus para sermos mais parecidos com Cristo, aquele que é a própria Verdade.

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O mundo é nosso inimigo espiritual


Vladimir Chaves

A Bíblia deixa claro que o mundo é o nosso inimigo espiritual. Jesus afirmou que seus discípulos não são do mundo, assim como Ele também não é (João 17:14). Isso mostra que não existe possibilidade de viver dividido, não dá para estar com um pé no mundo e outro na igreja. Jesus disse que existem apenas dois caminhos: a porta larga, que leva à perdição, e a porta estreita, que conduz à vida (Mateus 7:13–14). Não existe meio-termo. Quem não está com Cristo, está contra Ele (Mateus 12:30).

A sedução do mundo é real e perigosa. João escreveu: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há; se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). O mundo apresenta brilho, promessas e prazeres momentâneos, mas tudo isso serve para afastar o coração de Deus. Por isso Tiago declara de forma firme: “Quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4). A Escritura não suaviza a verdade: aliança com o mundo é oposição a Deus.

Jesus ensinou que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Um coração dividido é incapaz de seguir a Cristo verdadeiramente. Seguir Jesus exige renúncia diária. Ele disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Negar-se é recusar a voz do mundo, suas tentações e seus valores. É abandonar aquilo que disputa o lugar de Cristo.

Paulo reforça esse chamado quando diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12:2). Não se conformar é romper com o padrão mundano; é permitir que a Palavra molde a vida. Cristo não nos chamou para uma fé pela metade, mas para uma entrega completa.

E ainda que renunciar ao mundo pareça perda, na verdade é ganho. Jesus disse: “Quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 16:25). O mundo passa, assim como seus desejos, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 João 2:17). Tudo o que o mundo oferece é temporário; tudo o que Cristo oferece é eterno.

Por isso, diante da verdade de que só há dois caminhos: seguir a Cristo ou renunciar Cristo, a Escritura nos chama a escolher o caminho estreito. O mundo seduz, mas seguir a Cristo exige renunciar ao mundo. E quem renuncia ao mundo encontra a vida verdadeira em Jesus.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

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O erro fatal de quem crê que sempre terá tempo


Vladimir Chaves

Há verdades que carregam o peso da eternidade. Uma delas é esta: “As chances na nossa vida não duram pra sempre; a alma sim, é eterna.” Pensamos que temos tempo. Muito tempo. Tempo para nos reorganizar espiritualmente, para buscar a Deus, para abandonar o pecado, para viver de forma íntegra, para reconciliar e para obedecer. Mas a realidade é dura e inegociável: o tempo é um dom limitado, e nenhum de nós sabe quanto ainda possui.

A Palavra de Deus insiste nesse alerta. Jesus contou parábolas, advertiu multidões e lembrou repetidamente que a vida presente é uma porta estreita que não permanecerá aberta para sempre. “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24). O aviso não é uma ameaça, é amor. Amor que nos desperta para o fato de que a eternidade é longa demais para ser ignorada, e a vida é curta demais para ser desperdiçada.

O maior erro de muitos é acreditar que a oportunidade de acertar a vida com Deus estará sempre ali, aguardando pacientemente. É pensar: “Um dia eu mudo. Um dia eu me volto para Deus. Um dia eu deixo o que me afasta Dele.” Mas a Bíblia nos lembra que o “um dia” não nos pertence. “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração” (Hebreus 3:15).

Deus fala no hoje. Ele opera no agora.

Amanhã é uma promessa que não recebemos por escrito.

A vida é um sopro (Salmos 39:5). É neblina que aparece por um momento e logo se dissipa (Tiago 4:14). Mas a alma… ah, a alma essa atravessa séculos, eras, mundos. A alma é eterna, criada para existir além do pó, para comparecer diante do Criador. E é por isso que o tempo presente é tão precioso: é nele que decidimos para onde nossa eternidade apontará.

Deus não rejeita quem o busca. Ele é abundante em misericórdia, rico em perdão, pronto para restaurar. Mas o tempo da busca é agora, enquanto o coração ainda sente o chamado, enquanto os ouvidos ainda reconhecem a voz que diz: “Vinde a mim”.

A eternidade não é um tema distante; é o destino inevitável de cada ser humano. E só há dois caminhos. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Ignorar essa verdade, adiar essa escolha, procrastinar o arrependimento; esse sim é o maior risco que alguém pode correr.

O tempo é curto. A alma é eterna.

E a graça de Deus está disponível, mas não para sempre nesse mundo passageiro.

Enquanto há vida, há oportunidade.

E enquanto o Espírito Santo chama, há esperança.

Aproveitar esse chamado é a decisão mais urgente, mais necessária e mais inteligente que qualquer pessoa pode tomar.

Porque nada é tão breve quanto o tempo, e nada é tão valioso quanto a eternidade.

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“A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ageu 2:9)


Vladimir Chaves

Há momentos em que olhamos para a vida e só enxergamos ruínas. Coisas que já foram melhores, sonhos que pareceram grandes um dia, mas hoje parecem distantes. É fácil pensar que o tempo bom já passou, que o que Deus fez antes não voltará a acontecer. Mas Ageu 2:9 nos lembra de algo essencial: Deus não trabalha olhando para trás; Ele trabalha a partir do agora, construindo o amanhã.

O povo de Israel estava desanimado. O novo templo que estavam levantando parecia pequeno demais, pobre demais, simples demais em comparação ao antigo. Eles comparavam o passado com o presente e se frustravam.

Mas Deus não compara. Deus promete.

E a promessa Dele é clara:

“A glória da segunda casa será maior.”

Ou seja, Deus ainda não terminou. Ele não está limitado ao que já aconteceu, e a sua história com Ele também não está.

Talvez hoje você se sinta como aquele templo em construção: recomeçando do zero, sem brilho, sem força, sem aparência de grandeza. Mas o que define a glória da casa não é o tamanho das paredes; é a presença de Deus dentro dela.

Quando Deus habita, Ele transforma.

Quando Deus promete, Ele cumpre.

Quando Deus começa, Ele termina.

O que está por vir não depende do que você perdeu, mas do que Deus ainda vai fazer.

E se Ele disse que a glória será maior, confie: o melhor ainda não chegou.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

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Vêm por um caminho, fogem por sete: A proteção de Deus em nossas batalhas


Vladimir Chaves

“O Senhor fará que sejam derrotados diante de ti os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho sairão contra ti, mas por sete caminhos fugirão diante de ti.”  Deuteronômio 28:7

Nos dias de hoje, esse versículo continua falando diretamente ao nosso coração. Ele não promete uma vida sem lutas, mas garante que nenhuma batalha será maior do que o cuidado de Deus sobre nós. Inimigos podem vir (problemas, injustiças, preocupações, perseguições ou pessoas que desejam o nosso mal) mas Deus assegura que eles não prevalecerão.

Às vezes ficamos assustados quando vemos a luta chegando “por um caminho”. Parece que é grande demais, rápida demais ou forte demais. Mas Deus já está vendo a saída, a fuga, a dispersão completa do que nos afronta. O que chega organizado para nos derrubar, sai confuso diante da intervenção de Deus.

E o mais importante: a vitória não depende da nossa força, mas da fidelidade do Senhor, que luta por aqueles que buscam caminhar em sua vontade. A obediência abre espaço para a proteção divina, e Deus não abandona quem decide confiar n’Ele, mesmo quando o cenário é difícil.

Assim, ao olhar para a vida hoje, não tenha medo dos inimigos que se levantam. Eles podem até chegar, mas não vão ficar. Vêm por um caminho, mas fogem por sete. Deus transforma ameaças em testemunhos, tentações em crescimento e lutas em vitórias que mostram a sua mão agindo com poder.

Continue firme, obediente e confiante. O que se levanta contra você pode até assustar, mas não tem permissão para te derrubar.

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A realidade da habitação de Deus em você


Vladimir Chaves

Há verdades que ouvimos durante anos, mas que só transformam nossa vida quando finalmente despertam dentro de nós. Uma delas é esta: Deus não está apenas perto… Ele habita em nós. Não é uma ideia simbólica, não é apenas uma doutrina, é uma realidade espiritual que muda tudo.

A Bíblia diz: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16)

Quando essa verdade desce do entendimento para o coração, o cristão deixa de viver como alguém comum. Ele passa a caminhar com consciência da presença, autoridade e direção de Deus.

Quem carrega a presença não vive mais como quem está sozinho

O medo começa a perder força, porque a presença de Deus deixa de ser uma teoria e se torna companhia real.

“Porque Ele mesmo disse: Nunca te deixarei, jamais te abandonarei.” (Hebraos 13:5)

A alma encontra descanso, a mente encontra paz e o coração encontra direção.

Quem entende que Deus habita nele vive com propósito

Se Deus habita em você, então sua vida não é obra do acaso, e seus passos não são aleatórios. Há um propósito maior guiando tudo.

“Cristo em vós, a esperança da glória.” (Colossenses 1:27)

Deus dentro de você significa esperança dentro de você. Significa que a glória futura já começou a brilhar no presente.

A transformação é inevitável

Quando a presença de Deus se torna consciente, seus desejos mudam, seus valores mudam, suas escolhas mudam. O pecado deixa de ser atraente, e a santidade passa a ser prazer, não obrigação.

“E todos nós… somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (2 Coríntios 3:18)

A transformação não acontece pela força humana, mas pelo Espírito que habita em nós.

A coragem nasce da consciência da presença

Moisés só conseguiu enfrentar o faraó porque carregava uma certeza:

“A minha presença irá contigo e eu te darei descanso.” (Êxodo 33:14)

Quando você entende que Deus está dentro de você, não apenas ao seu lado, sua postura diante da vida muda. Você deixa de andar em insegurança e começa a caminhar em confiança.

O cristão que desperta para a verdade de que Deus habita nele nunca mais vive da mesma forma.

A fé se torna viva, a oração se torna diálogo, a vida ganha sentido, e o coração encontra descanso.

Não é sobre tentar ser melhor.

É sobre viver consciente de quem vive em você.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

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Regeneração e adoração: Uma reflexão para os dias de hoje


Vladimir Chaves

Vivemos tempos em que muitos falam de fé, mas poucos experimentam sua essência. A vida espiritual autêntica não começa na aparência, nem na repetição de rituais, mas na transformação interior realizada por Deus. É disso que a Bíblia chama de Novo Nascimento. Jesus explicou essa verdade a Nicodemos, um mestre religioso que conhecia as Escrituras, mas ainda não havia compreendido o mover do Espírito. Essa cena se repete hoje: muitos defendem ideias religiosas, mas nunca viveram a experiência real de serem regenerados por Deus.

Sem esse novo nascimento, a pessoa pode até parecer piedosa, mas continua presa ao pecado, interpretando a Bíblia segundo suas próprias vontades e considerando sua mensagem ultrapassada. Por isso, a fé se transforma em opinião, o evangelho vira debate, e a Escritura deixa de ser autoridade. A transformação verdadeira só acontece quando o Espírito Santo renova o coração e abre os olhos para a verdade.

A regeneração também é o fundamento de uma adoração verdadeira. Foi isso que Jesus ensinou à mulher samaritana. Ela pensava que adoração era sobre lugares e tradições, mas Jesus mostrou que adorar não depende do monte, do templo, da religião ou do ambiente. Adorar é uma resposta do coração que foi alcançado por Deus. É algo que nasce de dentro para fora, e não o contrário.

Hoje, muitos buscam experiências místicas, modismos espirituais e práticas que nada têm a ver com o Evangelho. Porém, a verdadeira vida espiritual é simples, profunda e bíblica. Ela brota da comunhão com Deus e do entendimento das Escrituras. Não é o brilho das formas externas, mas a sinceridade de um coração transformado.

Por fim, a adoração que agrada ao Senhor é fruto de um espírito quebrantado. Não é performance, nem espetáculo. Não é sobre conquistar atenção humana, mas sobre oferecer a Deus um coração humilde, dependente, grato. Esse sempre foi o caminho da fé cristã genuína: simplicidade, reverência e verdade.

Em dias em que tanto se exalta a aparência e tão pouco se valoriza a essência, somos chamados a voltar ao básico do Evangelho: nascer de novo, viver pela verdade e adorar com sinceridade. Esse é o caminho da regeneração. Esse é o caminho da adoração verdadeira.

"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!" Mateus 11:15

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Cristo vem, e vem com recompensa


Vladimir Chaves

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras” Mateus 16:27

Muitas pessoas acreditam que tudo acaba aqui. Há quem pense que nada será cobrado, que as escolhas não têm consequência e que viver é apenas aproveitar o momento. Mas Jesus nos lembra de uma verdade que atravessa séculos: um dia Ele virá em glória, e retribuirá a cada um segundo as suas obras.

Isso não é uma ameaça. É um convite.

Um convite para lembrar que a vida tem propósito.

Que cada gesto de amor conta.

Que cada atitude de fé tem valor.

Que cada renúncia feita por causa de Cristo não passará despercebida.

Nos dias atuais, é fácil se sentir cansado. O bem parece pequeno diante do mal. A injustiça muitas vezes parece vencer. Porém, Mateus 16:27 nos garante que Jesus vê tudo. Nada do que fazemos para Ele é inútil.

Quando você escolhe perdoar em vez de guardar rancor…

Quando você ajuda alguém sem esperar nada em troca…

Quando você escolhe a verdade, mesmo que isso te custe alguma coisa…

Quando você ora, mesmo cansado…

Quando você decide seguir Jesus, mesmo que o mundo vá na direção contrária…

Tudo isso tem peso eterno.

Jesus não virá como veio na primeira vez, humilde e silencioso. Ele virá com poder, glória e justiça. E naquele dia, cada lágrima será lembrada, cada sacrifício será recompensado, cada obra feita por amor será honrada.

Por isso, não desanime.

Não se deixe levar pelo clima de pressa, cansaço ou incredulidade dos nossos tempos.

Continue firme. Continue fazendo o bem. Continue caminhando com Jesus.

Porque o mundo pode até não reconhecer, mas o céu reconhece.

E o Rei que virá trará consigo a recompensa dos fiéis.

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A distinção entre alma e espírito: Um chamado para entender quem somos


Vladimir Chaves


A Bíblia revela que o ser humano é mais profundo do que aquilo que os olhos podem ver. Dentro de nós existe um “homem interior” formado por alma e espírito; duas realidades imateriais, distintas do corpo físico, mas igualmente essenciais para nossa existência (Rm 7:22; 2 Co 4:16; Ef 3:16).

Quando Deus criou o homem, moldou o corpo a partir do pó da terra. Porém, para formar a parte imaterial do ser humano, Ele soprou o fôlego de vida (Gn 2:7). Esse sopro divino não veio da matéria, mas da própria essência de Deus. Assim nasceu o homem interior, formado de alma e espírito.

E aqui surge a primeira distinção:

o ser humano tornou-se “alma vivente”, ou seja, ganhou consciência de si mesmo, capacidade de sentir, desejar e pensar. A alma nos dá personalidade, emoções e percepções; permite que nos relacionemos com as pessoas, com o mundo ao redor e com nós mesmos.

Por isso a Bíblia mostra a alma sendo abatida (Sl 42:5) ou profundamente entristecida, como aconteceu com Jesus no Getsêmani (Mt 26:38). A alma sente o peso da vida, sofre, se alegra, deseja, decide. Ela é a sede do “eu”.

Mas a alma, por mais rica e complexa que seja, não é suficiente para revelar ao homem sua verdadeira finalidade.

Com a alma, podemos nos relacionar com outros seres, exercer domínio sobre a criação e reconhecer nossa própria existência. Mas a alma não é capaz, por si só, de perceber a realidade espiritual, nem de compreender que existe um Criador ao qual devemos servir e prestar contas.

Para isso, Deus nos deu algo a mais: o espírito.

É pelo espírito que o homem desperta para Deus. É no espírito que nascem a adoração, a consciência espiritual e o entendimento de que existe um Senhor acima de todas as coisas. O espírito não apenas nos conecta ao divino; ele nos lembra que fomos criados para ser mordomos, administradores responsáveis diante do Criador.

A alma nos dá a capacidade de viver como seres conscientes.

O espírito nos dá a capacidade de viver como seres responsáveis diante de Deus.

Juntas, alma e espírito formam uma unidade preciosa: o homem interior.

Um ser capaz de sentir o mundo, mas também de ouvir a voz do Céu; capaz de dominar a criação, mas também de se submeter ao Criador; capaz de existir, mas também de encontrar propósito.

Refletir sobre essa distinção nos chama a algo essencial:

cuidar do corpo, sim; compreender a alma, sim; mas, acima de tudo, alimentar o espírito, pois é nele que o ser humano descobre quem Deus é, e, finalmente, quem ele mesmo deveria ser.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

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A força que vem da presença de Deus


Vladimir Chaves

“Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” Isaías 41:13

Em tempos como os nossos, em que a vida nem sempre segue como planejamos, este versículo se torna um lembrete poderoso e necessário. Deus não mudou. Ele continua sendo o mesmo Senhor que estende a mão, que se aproxima, que sustenta e que acalma o coração.

Quando Ele diz “te tomo pela tua mão direita”, é como se nos lembrasse que não estamos enfrentando o hoje com nossas forças limitadas. Não caminhamos sozinhos. Ele está ao nosso lado, guiando os passos que ainda não sabemos dar e firmando o chão que às vezes parece desmoronar.

E então Ele diz: “Não temas”. Não é uma cobrança, é um convite. Um chamado para descansar, mesmo quando tudo ao redor parece incerto. Deus não promete ausência de lutas, mas garante presença na batalha. Ele não promete ausência de dores, mas oferece companhia que cura. Ele não promete ausência de desafios, mas declara: “Eu te ajudo.”

Essa ajuda não é teórica. É diária. Ela aparece na força que você nem sabe de onde veio, na paz que invade o peito sem explicação, na porta que se abre quando você já estava cansado de tentar, no sustento que chega na hora exata.

Por isso, ao olhar para o dia de hoje (com seus medos, suas preocupações e seus desafios) lembre-se: Deus está segurando a sua mão. Você não está perdido, não está abandonado, não está lutando só. Há um Deus que caminha com você e que repete, todas as manhãs:

“Não temas. Eu te ajudo.”

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A vinda do reino de Deus, um reino que cresce em silêncio


Vladimir Chaves

Quando falava sobre o Reino de Deus, Jesus corrigia a expectativa de muitos que aguardavam manifestações grandiosas ou sinais políticos. Ele ensinou que o Reino não chega com espetáculo visível. Como disse aos fariseus:

“O Reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! Porque o Reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20-21)

Para explicar essa verdade, Jesus contou a parábola da semente que cresce sozinha. Ele disse: “O Reino de Deus é assim como um homem que lança a semente à terra; e dorme, e se levanta, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, ele não sabe como.” (Marcos 4:26-27)

A força da vida está na própria semente. O crescimento é silencioso, quase imperceptível, mas inevitável:

“A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois a espiga, e por fim cheio o grão na espiga.” (Marcos 4:28)

Assim é o Reino:

Ele avança, mesmo quando não percebemos.

Ele transforma, mesmo quando parece que nada está acontecendo.

Ele já está entre nós, mesmo quando o mundo insiste em dizer o contrário.

Jesus mostra que o Reino não é apenas um futuro glorioso, mas uma realidade presente, começando no coração daqueles que recebem a semente da Palavra. É o evangelho germinando e mudando vidas, produzindo frutos de arrependimento, amor e obediência.

E quando chega o tempo de Deus, aquilo que Ele plantou se manifesta: “E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.” (Marcos 4:29)

O Reino cresce sem depender das circunstâncias, não é impedido pela maldade humana e não se curva à escuridão. Ele age no silêncio, mas se revela com autoridade.

A parábola nos ensina que:

Deus trabalha enquanto não vemos.

O crescimento é invisível, mas seguro.

O Reino não vem com alarde, vem com transformação.

E quando Deus decide revelar sua obra, tudo se torna evidente.

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