A Bíblia usa palavras
diferentes para descrever o mal, e isso não é por acaso. Pecado, transgressão e
iniquidade não são exatamente a mesma coisa. Cada termo revela um nível mais
profundo da condição do coração humano diante de Deus.
Pecado
O pecado é o ponto de
partida. A palavra bíblica traz a ideia de errar o alvo, como alguém que tenta
acertar, mas falha.
“Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23)
O pecado pode acontecer por
fraqueza, falta de conhecimento ou descuido espiritual. Davi, por exemplo,
pecou ao desejar Bate-Seba. Ele falhou, errou o caminho que Deus havia
estabelecido.
O pecado mostra nossa
necessidade de arrependimento e da graça de Deus.
Transgressão
A transgressão acontece
quando a pessoa sabe o que é certo, conhece o mandamento, mas decide
ultrapassar o limite.
“Onde não há lei, também não
há transgressão” (Romanos 4:15)
Adão e Eva transgrediram.
Eles conheciam a ordem de Deus, mas escolheram desobedecer conscientemente.
A transgressão revela
rebeldia e escolha deliberada contra a vontade divina.
Iniquidade
A iniquidade é mais
profunda. Não se trata apenas de um ato, mas de um estado do coração. É quando
o erro se torna prática constante, algo normalizado, aceito e até defendido.
“As vossas iniquidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59:2)
O povo de Israel, em vários
momentos, caiu em iniquidade ao persistir na idolatria mesmo após repetidos
alertas dos profetas.
A iniquidade endurece o
coração e afasta a pessoa da sensibilidade espiritual.
“Bem-aventurado aquele cuja
transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem
o Senhor não imputa iniquidade” (Salmos 32:1–2)
Deus não ignora o pecado,
mas oferece perdão. Ele não aprova a transgressão, mas chama ao arrependimento.
E mesmo diante da iniquidade, a graça de Cristo ainda é suficiente para
restaurar um coração quebrantado.
O perigo não está em cair,
mas em permanecer caído sem arrependimento.
Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça.” (Mateus 11:15)



