Portas abertas em tempos de corações fechados


Vladimir Chaves

“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.” (Hebreus 13:2)

Hospitalidade, à luz da Bíblia, não é apenas oferecer comida ou abrigo. É ter um coração disposto a acolher, ouvir, respeitar e cuidar. É enxergar o outro como alguém criado por Deus, mesmo quando ele não pensa como nós, não vive como nós ou não pode nos oferecer nada em troca.

Hebreus 13:2  alerta que alguns, sem perceber, acolheram anjos. Isso nos ensina que nem sempre sabemos quem está diante de nós. Pessoas comuns podem carregar dores profundas, batalhas silenciosas e necessidades urgentes. Um gesto simples (uma palavra, um copo de água, um tempo de atenção) pode ser instrumento de Deus para restaurar vidas.

Nos dias atuais, a hospitalidade também se manifesta fora de casa: na forma como tratamos o próximo, na maneira como falamos nas redes sociais, no respeito com quem pensa diferente e na disposição de ajudar sem humilhar. Ser hospitaleiro é resistir à frieza dos tempos e escolher amar de forma prática.

Esse texto nos convida a viver uma fé que sai do discurso e entra na rotina. Uma fé que entende que servir pessoas é servir ao próprio Deus. Talvez nunca saibamos o impacto real de nossos gestos, mas Deus sabe. E isso é suficiente.

Que em tempos de tanta indiferença, o cristão seja lembrado não pela dureza, mas pela graça; não pelo fechamento, mas pela hospitalidade que revela o caráter de Cristo.

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