Anunciar o evangelho por obediência, não por vantagem


Vladimir Chaves


“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)

Nos dias de hoje, quando tudo parece girar em torno de visibilidade, curtidas, seguidores e reconhecimento, as palavras de 1 Coríntios 9:16 soam como um chamado à consciência. Nos lembra que anunciar o Evangelho não é palco, nem vitrine, nem meio de autopromoção. É missão. É responsabilidade. É obediência a Deus.

Quando o apostolo escreveu esse versículo ele deixou claro que não pregava para ser admirado, recompensado ou exaltado. Ele anunciava porque havia sido alcançado, transformado e chamado. O Evangelho não era uma opção em sua vida, mas uma imposição divina. Não no sentido de peso opressor, mas de compromisso santo. Para ele, silenciar seria desobedecer.

Essa palavra confronta a realidade atual, onde muitas vezes o Evangelho é tratado como produto, discurso conveniente ou ferramenta para interesses pessoais. Em contraste, Paulo nos ensina que a verdadeira motivação do cristão não deve ser o aplauso das pessoas, mas a fidelidade a Deus. O foco não está no mensageiro, mas na mensagem.

“Ai de mim se não anunciar o evangelho” revela urgência e temor. É a consciência de que o mundo precisa ouvir, de que vidas estão sedentas de esperança, de que a verdade não pode ser escondida. Hoje, anunciar o Evangelho continua sendo uma necessidade, não apenas no púlpito, mas na vida diária: nas atitudes, nas palavras, nas escolhas e no testemunho.

Esse texto nos chama a refletir: temos vivido o Evangelho como obrigação pesada ou como missão recebida com gratidão? Temos anunciado com amor e verdade ou apenas quando é confortável? Paulo nos convida a lembrar que quem foi alcançado pela graça não pode viver indiferente à missão.

Que, em tempos de distrações e superficialidade, possamos recuperar o senso de chamado. Anunciar o Evangelho não é sobre nós, é sobre Cristo. Não é sobre glória pessoal, é sobre obediência. E não é apenas um dever ministerial, mas um compromisso de todo aquele que foi verdadeiramente transformado.

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