Não confunda homens da igreja com homens de Deus


Vladimir Chaves


É comum vermos pessoas confundirem frequentadores de igreja com homens de Deus. A presença física no templo pode ser apenas um hábito social, cultural ou até mesmo uma tentativa de autopromoção.

A Bíblia deixa claro que há uma diferença profunda entre ter aparência de piedade e viver, de fato, em comunhão com o Senhor. O apóstolo Paulo advertiu:

“Tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afaste-se também desses.” (2 Timóteo 3:5)

O próprio Cristo nos alertou:

“Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7:21)

Muitos podem falar o nome de Jesus, participar de atividades religiosas e até realizar grandes obras, mas isso não significa que sejam homens de Deus. O que realmente conta é a prática da vontade do Pai e uma vida frutífera diante Dele.

O homem da igreja pode ter boa oratória, ocupar cargos de liderança e exercer influência entre os irmãos, mas, se suas atitudes, palavras, decisões e estilo de vida não refletirem a santidade e o amor de Deus, ele é apenas um frequentador. Já o homem de Deus manifesta, no dia a dia, o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23).

Nos Evangelhos, vemos que os fariseus eram extremamente zelosos na frequência ao templo e na observância de tradições religiosas. Contudo, Jesus os repreendeu duramente, pois, apesar da aparência de santidade, seus corações estavam longe de Deus (Mateus 23:27-28).

Assim, frequentar a igreja não é garantia de salvação nem de intimidade com Deus. É possível estar próximo das coisas de Deus e, ainda assim, distante do próprio Deus.


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