Deus não constrói sobre o velho


Vladimir Chaves

Quando Deus decide fazer algo novo, Ele não constrói sobre as ruínas do velho.  Ele remove o que está quebrado para edificar algo completamente transformado.

As Escrituras dizem: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). Isso significa que o passado, por mais que tenha marcado nossa história, não é a base sobre a qual o Reino de Deus se edifica em nós. Ele é o alicerce do antigo eu, e o antigo não pode sustentar o peso do propósito eterno.

Há memórias que não são lembranças saudáveis, mas algemas que mantêm a alma presa a dores, pecados ou frustrações. A memória santificada edifica; a que não é, destrói. Quando lembramos do passado sob a luz da graça, ganhamos força e gratidão. Mas quando revisitamos memórias sem a perspectiva de Deus, ficamos acorrentados a mágoas, ressentimentos e culpas.

O “novo” de Deus não chega com barulho, mas com um sussurro suave na alma, como Elias experimentou ao ouvir a voz do Senhor não no vento forte, nem no terremoto, nem no fogo, mas na brisa suave (1 Reis 19:12). Deus planta o novo em silêncio, no terreno fértil do coração rendido. É no secreto que Ele semeia, e é no tempo certo que Ele fará florescer.

Portanto, para viver o que o Senhor está preparando, é preciso soltar as algemas da memória não redimida, permitir que Ele arranque as raízes do velho e acolher, com reverência, o sussurro que anuncia o novo.

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