Parlamentares gastaram
juntos R$ 235 milhões da verba indenizatória em 2016, o equivalente a mais de
250 mil salários mínimos ou a sete anos de salário dos 81 senadores. O montante
também corresponde ao pagamento dos salários dos 513 deputados por quase 14
meses. Trata-se de um recurso público a que cada congressista tem direito para
ressarcimento de despesas feitas em razão de atividade inerente ao exercício do
mandato. Tal verba é liberada mensalmente de forma muito simples, bastando
apenas a apresentação da comprovação dos gastos.
PMDB e PT, os maiores partidos nas duas Casas legislativas, são os que mais gastaram no período. Juntas, as legendas foram responsáveis por quase 23% do total dos gastos com a verba indenizatória. Enquanto deputados concentraram seus gastos para divulgarem seus mandatos, senadores priorizaram viagens de avião. Confira nos infográficos abaixo detalhes sobre as despesas na Câmara e no Senado.
A compra de passagens
aéreas para deslocamento do parlamentar de seu estado para Brasília, e da
viagem de volta, é maior para os eleitos nos estados da Região Norte do país,
devido ao alto custo dos bilhetes. Exemplo disso é o senador João Capiberibe
(PSB-AP), que lidera o ranking dos gastadores do cotão no Senado. Segundo
assessoria, o parlamentar gasta cerca de R$ 12 mil por mês apenas com passagens
aéreas. Também chamou a atenção a despesa feita pelo senador Omar Aziz
(PSD-AM): campeão de gastos com despesas de comunicação no ano passado e o
quarto colocado em faltas em 2016, Omar pagou R$ 270 mil – R$ 30 mil mensais – à microempresa
Jefferson L.R. Coronel-ME, de um conhecido jornalista e marqueteiro político do
Amazonas.
Veja como foram utilizados
os R$ 235 milhões do cotão em 2016:
Congresso em Foco
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