Nas eleições mais
acirradas desde a redemocratização, os gastos fizeram jus à disputa. A
presidente Dilma Rousseff elevou em 164% o custo do voto para conquistar o mais
alto cargo do Executivo brasileiro. O valor de cada voto na candidata reeleita
passou de R$ 2,43 em 2010 para R$ 6,44 em 2014.
Neste ano, a arrecadação total de Dilma somou R$ 350,8 milhões e a candidata recebeu 54.501.118 votos. Já em 2010, as doações forma menores, porém o número de votos foi maior. Cerca de R$ 135,5 milhões foram arrecadados para a presidente e 55.752.529 votos foram destinados a ela.
Dos recursos arrecadados,
R$ 11,9 milhões ainda estão completamente ocultos, isto é, não foram
esclarecidos os doadores originários, apenas os secundários, CNPJs utilizados para
campanha eleitoral: R$ 5 milhões do Comitê Financeiro Único; R$ 2,9 milhões da
Direção Estadual/Distrital; e R$ 4 milhões da Direção Nacional.
Compondo o valor total, outros R$ 296,2 milhões foram doados de maneira direta, isto é, depositados diretamente a conta de campanha da então candidata. E os R$ 42,6 milhões restantes de maneira indireta, ou seja, o doador deposita primeiramente para uma conta de campanha do partido, que repassa para a conta da candidata, especificando quem é o doador originário.
Desconsiderados os
doadores ocultos, Dilma conquistou 1.519 financiadores de campanha, entre
pessoas físicas e jurídicas. A empresa que mais se solidarizou foi a JBS
Friboi, que a concedeu R$ 73,4 milhões.
Já o primeiro lugar de pessoa física que mais se descapitalizou em prol da reeleição está empatado com três doadores, que se desfizeram de R$ 500 mil cada um: Ana Carolina Torrealba e Rodrigues Borges Torrealba, diretores do Grupo Libra, um dos maiores operadores portuários e de logística de comércio exterior do Brasil; e Eraí Maggi, conhecido Rei da Soja, o maior sojicultor do país.
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