“Cada um, porém, é tentado
pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de
haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a
morte.” Tiago 1:14-15
Vivemos em um tempo em que é
comum culpar tudo e todos pelos erros que cometemos. Culpa-se o governo, a
família, o ambiente, a sociedade, o estresse, as circunstâncias…, mas Tiago 1:14-15
nos lembra de algo desconfortável e extremamente verdadeiro: o maior campo de
batalha está dentro de nós.
Segundo Tiago, a tentação
não aparece do nada e nem é enviada por Deus. Ela nasce quando nossos próprios
desejos começam a nos puxar para longe da vontade d’Ele. É como se cada um
carregasse dentro do coração pequenas sementes que, se não forem vigiadas,
podem criar raízes perigosas.
Hoje essas “iscas” aparecem
em muitas formas:
A vontade de responder com
raiva, só porque estamos irritados.
O impulso de dar uma olhada
naquele conteúdo que sabemos que não agrada a Deus.
O desejo de falar mal de
alguém, apenas para parecer superior.
A tentação de mentir “só um
pouquinho”, para facilitar a vida.
A inveja disfarçada de
“curiosidade” sobre a vida dos outros.
Essas coisas parecem
pequenas e inofensivas. Mas Tiago explica que é assim que tudo começa.
Primeiro o desejo aparece.
Depois nós o alimentamos. Em seguida, ele cresce. E quando percebemos, aquele
pensamento que parecia tão simples já virou um comportamento, uma ação, um
pecado, e esse caminho sempre conduz à morte: morte da paz, da consciência, da
alegria, dos relacionamentos e da comunhão com Deus.
A grande lição de Tiago para
os nossos dias é esta:
o pecado não nasce no
momento da ação, mas no momento em que aceitamos o desejo errado.
A vitória, portanto, não
começa quando tentamos resistir ao pecado final, mas quando aprendemos a
identificar e rejeitar a semente.
Em vez de alimentar a raiva,
escolha o silêncio.
Em vez de cultivar a inveja,
escolha a gratidão.
Em vez de seguir o impulso,
escolha a vontade de Deus.
Não é fácil, e Tiago nunca
disse que seria. Mas é libertador.
Porque quando cuidamos do
coração, cuidamos do caminho. E quando tratamos os desejos logo na raiz,
evitamos que eles transformem nossa vida em um campo de destruição.
Que hoje seja um dia de
vigilância interna e de decisão espiritual: não permitir que o desejo errado
seja gestado dentro de nós.
Que Cristo governe nossos
pensamentos antes que eles se transformem em ações.


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