Brasil, um país estagnado: Em 12 Estados, há mais pessoas recebendo Bolsa Família do que trabalhando com carteira assinada


Vladimir Chaves


Alarmantes os dados trazidos a público pelo IBGE, segundo o órgão, em 12 estados brasileiros, o número de pessoas que recebem o Bolsa Família supera o de trabalhadores com carteira assinada. Esse fenômeno reflete uma combinação de fatores econômicos, sociais e estruturais que afetam principalmente as regiões menos desenvolvidas como, Norte e Nordeste do país.

Estados com mais beneficiários do que trabalhadores formais

Segundo dados do IBGE de abril de 2022, os estados onde o número de beneficiários do Bolsa Família superava o de trabalhadores com carteira assinada eram: Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins.

Esse cenário é resultado de uma combinação de fatores, incluindo altos índices de informalidade no mercado de trabalho, baixos níveis de escolaridade, falta de infraestrutura e desigualdades regionais. Em estados como Maranhão, Pará e Piauí, mais de 60% dos trabalhadores estão na informalidade, o que limita o acesso a empregos formais e contribui para a dependência de programas assistenciais.

Impactos sociais e econômicos

A alta dependência do Bolsa Família em relação ao trabalho formal tem implicações significativas para o desenvolvimento social e econômico dessas regiões. Embora o programa desempenhe um papel crucial na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros, ele também evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a inclusão produtiva, a qualificação profissional e a geração de empregos formais.


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