Câmara aprova urgência de pena de 50 anos para assassinos de crianças; PT e Psol votaram contra.


Vladimir Chaves



Na Câmara dos Deputados, PT e Psol votaram contra a urgência de Projeto de Lei de autoria dos deputados Bia Kicis (PL-DF), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), que aumenta para 50 anos as penas para crimes de homicídio contra crianças e adolescentes, qualificando também como crime hediondo a lesão corporal cometida contra a mesma faixa etária.

Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), o PT já havia tentado alterar o projeto, que foi relatado pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), impedindo a progressão da pena e alegando que a alteração ‘repercutiria em todo o sistema de execução penal’.

Um documento impetrado pelo partido, no sistema da Câmara dos Deputados, pede ‘desvinculação’ de uma outra proposta, assinada pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), com tema semelhante, do escopo do projeto que teve êxito na CCJC, alcançando o plenário.

O parlamentar alegou que o pedido de desapensamento se deve à preocupação com os impactos ‘sobre o sistema prisional brasileiro’.

No plenário, a base governista alegou que o projeto dos bolsonaristas, com urgência aprovada pela maioria dos deputados, tem caráter ‘punitivista’.

Uma das autoras da propositura, a deputada Bia Kicis falou ao Diário do Poder sobre a motivação da autoria. “É um projeto muito importante, porque quando se trata de crianças, se gera na sociedade comoção e revolta. O caso que serviu de base para esta proposição chocou o país, então estamos trabalhamos pra que não aconteça mais. Se acontecer, que seja severamente punido”, afirmou a deputada.

Uma vez aprovada pelo Congresso, a proposta deve ser denominada ‘Lei Rhuan Maycon’, motivação do crime estava ligada a um impasse pela determinação da identidade de gênero da criança.

Antes de cometer o assassinato, a mãe e sua companheira teriam mutilado o órgão sexual de Maycon. À Polícia, as condenadas pelo crime disseram que ele queria ser uma menina.

O menino de 9 anos esfaqueado e decapitado pela mãe, Rosana Auri da Silva Candido, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla, no Distrito Federal.

 

Diário do Poder

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