A rede pública de saúde
brasileira ganhou o reforço de mais 304 respiradores pulmonares. Entre sábado
(16) e segunda (18), o Ministério da Saúde realizou a entrega dos equipamentos
em nove estados: Goiás (25), Pernambuco (35), Paraíba (20), Amazonas (48),
Rondônia (25), Pará (50), Maranhão (25), São Paulo (20) e Rio de Janeiro (56).
Do total enviado ao Amazonas, 18 equipamentos foram entregues, com apoio da
Força Aérea Brasileira (FAB), a municípios de difícil acesso no estado, em São
Gabriel da Cachoeira (8) e Tabatinga (10). Os estados são responsáveis por
definir as unidades de saúde e municípios que receberão os respiradores
pulmonares, conforme planejamento local.
Até o momento, o Governo
do Brasil, por meio do Ministério da Saúde, já entregou 861 respiradores
pulmonares para reforçar 14 estados no combate à COVID-19: Amazonas (138),
Ceará (75), Paraíba (40), Pernambuco (85), Rio de Janeiro (206), Amapá (45),
Pará (130), Paraná (20), Santa Catarina (17), Espírito Santo (10), Goiás (25),
Maranhão (25), Rondônia (25) e São Paulo (20).
A compra e distribuição
dos respiradores é parte do apoio estratégico do Governo do Brasil no
atendimento aos estados. As entregas levam em conta a capacidade instalada da
rede de assistência em saúde pública, principalmente nos locais onde a
transmissão está se dando em maior velocidade.
A aquisição destes
equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do
cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o
Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio irrestrito aos
gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Governo Federal conduz
avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando
estados e municípios com os recursos necessários, financeiros, materiais e
pessoal”, ressalta o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello.
O Ministério da Saúde
assinou quatro contratos com empresas brasileiras para a produção de 15.300
respiradores, sendo: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300
com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões, 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78
milhões e 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões para
fornecimento de equipamentos no período de três meses (90 dias). O esforço brasileiro
na aquisição destes itens envolve mais de 15 instituições entre fabricantes
processadores, instituições financeiras e empresas de alta tecnologia, entre
outras. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido conforme a capacidade de
produção da indústria nacional, que depende de algumas peças que são
importadas.
AÇÃO INTERMINISTERIAL
Uma parceria entre o
Ministério da Saúde e o Ministério da Economia realizou um mapeamento do parque
industrial nacional, quando foram identificadas as capacidades de cada setor
para o fornecimento de respiradores pulmonares. Nesse mapeamento, encontrou-se
empresas que tinham escala pequena de produção, mas que tinham expertise e
outras que poderiam contribuir para expandir as entregas em um menor espaço de
tempo possível.
O projeto ainda envolve o
Ministério das Relações Exteriores, para priorização de recebimento de peças, o
Ministério da Justiça para escoltas e segurança da distribuição de equipamentos
e insumos, e o Ministério da Defesa que fornece armazéns nas capitais para
estoque de materiais e a logística de distribuição para o país, por meio da FAB
(Força Aérea Brasileira), quando necessário.
No início da pandemia, o
Brasil contava com 65.411 respiradores pulmonares, sendo que 46.663 estavam
disponíveis no SUS. Além da aquisição de respiradores, o Ministério da Saúde
habilitou 3.695 leitos de UTI para atendimento exclusivo a pacientes com
coronavírus e adquiriu 340 leitos de UTI volantes, que são de instalação rápida
para fortalecer a rede hospitalar em saúde. Cada um destes leitos conta com um
respirador.
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