“Tratam da ferida do meu
povo como se fosse coisa leve, dizendo: Paz, paz, quando não há paz.” Jeremias
8:11
Há momentos em que o ser
humano prefere ouvir palavras que confortam do que palavras que curam. Hoje,
como nos dias de Jeremias, muita gente se acostumou a buscar “paz” nas coisas
rápidas, fáceis e superficiais. Uma mensagem motivacional, um conselho que afaga,
uma frase bonita… e pronto: parece que tudo está resolvido. Mas no fundo, o
coração continua ferido, a alma continua doendo e a vida continua sem direção.
Jeremias denuncia exatamente
isso: tratamento superficial para feridas profundas. E isso ainda acontece nos
nossos dias.
Vivemos tempos em que muitos
evitam a verdade porque a verdade incomoda. Preferem ouvir que “está tudo bem”,
mesmo quando não está. Preferem alguém que diga “vai passar”, mesmo quando é
preciso reconhecer que algo precisa mudar. E assim, repetimos o erro do
passado: colocamos curativos sobre feridas que precisam de cura verdadeira.
A falsa paz é confortável,
mas não transforma. É como apagar a notificação do celular sem resolver o
problema. A dor fica lá, escondida atrás de um silêncio que engana.
Deus, porém, não age assim.
Ele não mascara feridas; Ele
cura.
Ele não dá palavras vazias;
Ele traz verdade.
Ele não oferece ilusões; Ele
oferece restauração.
E para receber essa
restauração, é preciso coragem para encarar o que está machucado. É preciso
aceitar que algumas mudanças são necessárias, que alguns caminhos precisam ser
deixados para trás, que algumas rachaduras precisam ser expostas para que Ele possa
tocar.
A mensagem de Jeremias
continua ecoando hoje: não aceite uma paz que só anestesia, busque a paz que
cura.
A verdadeira paz não vem de
palavras bonitas, mas da verdade de Deus trabalhando dentro de nós, limpando,
restaurando e renovando tudo que parecia perdido. É essa paz que transforma a
vida e o coração. É essa paz que permanece.


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