Uma pesquisa revelou as
opiniões dos moradores de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, sobre o
impacto das enchentes do mês de maio deste ano. No levantamento feito pelo
Instituto Methodus, em parceria com a Ulbra TV e a rádio Mix 107.1 FM, 99% dos
porto-alegrenses disseram estar muito satisfeitos com o trabalho dos
voluntários. A aprovação ao atendimento nas enchentes também é alta, acima de
50%, para os Bombeiros (69%) e a Brigada Militar (56%). Em seguida, com 38%,
vem o Exército.
Já a atuação dos governos
municipal e estadual tem a desaprovação de 80% das pessoas ouvidas, que se
disseram estar insatisfeitas ou pouco satisfeitas com os trabalhos coordenados
pela Prefeitura da Capital e pelo governo gaúcho. O governo federal também em
uma grande desaprovação, de 74%.
Segundo a pesquisa
Methodus/UlbraTV/MixFM divulgada no *programa Poder RS*, 39% das pessoas se
dizem muito afetadas pela enchente em Porto Alegre, 17% foram pouco afetadas e
44% não foram atingidas. O levantamento ainda mostra que 60% dos
porto-alegrenses tiveram a sua rotina de vida muito afetada pelas enchentes;
21% foram pouco atingidas e 19% nada afetadas.
Quando questionados a
respeito do principal impacto sentido em suas vidas nos últimos dias, 47%
responderam ter a sua vida cotidiana afetada. Foram citados o desabastecimento
de água potável, dificuldade de transporte público e de locomoção na cidade,
alagamento do local de trabalho, entre outros itens. Em segundo lugar, vem o
impacto econômico e financeiro, citado por 28% das pessoas ouvidas. Na
sequência, aparecem os impactos psicológicos e emocionais, com 16%; acima de
moradia e segurança, mencionada por 7% dos pesquisados. Por fim, 2% comentaram
impactos sociais e comunitários.
INSEGURANÇA COM O FUTURO
Entre os participantes da
pesquisa, 86% responderam estar inseguros ou pouco seguros com a atuação do
governo municipal no processo de normalidade após os alagamentos, 82% estão
inseguros ou pouco seguros com o fornecimento de água potável. O levantamento
revela que 70% estão inseguros ou pouco seguros com a manutenção da sua fonte
de renda, 61% em cumprir seus compromissos financeiros e 56% estão com medo de
perder o emprego e não conseguir outro trabalho. O temor com o futuro profissional
alcança 54% das pessoas ouvidas, mesmo índice de quem diz estar inseguro ou
pouco seguro coma segurança do seu bairro contra as enchentes. Do outro lado,
48% estão muito seguros com o fornecimento de energia elétrica.
Sobre o sentimento com a
vida em Porto Alegre, 50% disseram estar preocupados com o futuro, que parece
difícil e incerto. Mas 47% se consideram otimistas em relação ao futuro,
acreditando que as coisas irão melhorar. Apenas 4% afirmaram estar
completamente sem esperança.
O levantamento ainda
apurou que 91% dos moradores de Porto Alegre darão mais atenção a questões
ambientais depois da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Outros 70%
estão se sentindo tristes e abatidos nas últimas semanas pós-enchentes e 64%
têm a sensação de que a sua vida parou neste período. Entre os pesquisados, 41%
dos moradores de Porto Alegre não tem esperança de que a vida volte ao normal
tão cedo.
A pesquisa
Methodus/UlbraTV/MixFM foi feita entre os dias 15 e 24 de maio. Ao todo, 400
moradores de Porto Alegre foram entrevistados. A margem de erro é de 5 pontos
percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de
95%.Porto-alegrenses aprovam atuação de voluntários, bombeiros e brigadianos,
diz pesquisa inédita.
0 comentários:
Postar um comentário