Projeto de Lei da deputada Bia Kicis estabelece o sexo biológico como único critério para definir gênero de atletas.


Vladimir Chaves



Projeto de Lei 3396/20 de autoria da deputada federal Bia Kicis (PL), estabelece o sexo biológico como único critério para definir o gênero dos atletas em competições organizadas pelas entidades de administração do desporto no Brasil, ficando vedada a atuação de atletas em categorias que não correspondam às de seu sexo de nascimento.

Ainda de acordo com o projeto as entidades de administração do desporto que descumprirem poderão ser multadas em até 100 salários mínimos.

Em sua justificativa a deputada afirma que, até mesmo grande parte da comunidade gay discorda de homens biológicos competindo, vencendo e batendo recordes de mulheres, mesmo que tenham chegado a níveis de testosterona compatíveis com o esporte feminino.

O que ocorre é que os atletas masculinos, tendo recebido formação esportiva como “atletas masculinos”, jamais poderão competir, em igualdade de condições, com quem nasceu mulher e se formou no esporte feminino, desenvolvendo ossos, músculos, ligamentos e capacidade aeróbica tipicamente femininas, explica.

A deputada cita ainda estudos de especialistas que dizem que; “para reverter qualquer aspecto físico masculino no corpo, além da cirurgia de sexo, são necessários pelo menos 15 anos sem testosterona, para que se perceba algumas mudanças ósseas e musculares”. Essa situação, por si só, demonstra a temeridade de equiparar, no campo esportivo e sem qualquer tipo de ressalva, mulheres transgêneros às cisgêneros, que são aquelas que se identificam com o sexo biológico com o qual nasceram.

São coautoras do PL as deputadas: Aline Sleutjes, Alê Silva, Dra. Soraya Manato, Lauriete, Major Fabiana, Mara Rocha e Paula Belmonte.

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