A pandemia de covid-19 não
interrompeu os pagamentos feitos pela União para custear serviços prestados a
ex-presidentes da República. Cada um tem direito vitalício a uma equipe de até
8 assessores e à cobertura de gastos com passagens, diárias desses
funcionários, combustível, seguro e manutenção de 2 veículos.
Solto depois de passar
quase 2 anos preso por condenação na Lava Jato, Luiz Inácio Lula da Silva
liderou esses gastos de janeiro a outubro de 2020. A despesa com o petista
somou R$ 790 mil no período. Desse valor, R$ 249,8 mil foram com diárias e
passagens.
Os dados são da Secretaria
Geral da Presidência da República e foram obtidos pelo Poder360 por meio da Lei
de Acesso à Informação. Os valores correspondem aos gastos de janeiro a outubro
de 2020.
Em seguida no ranking de
custos no período está Dilma Rousseff. Gastou R$ 781,1 mil com os assessores e
veículos aos quais tem direito. José Sarney foi quem menos apresentou despesas:
R$ 590,6 mil.
Considerando os últimos 4
anos, Dilma Rousseff foi a ex-mandatária mais cara à União. A equipe da petista
gastou R$ 5,4 milhões de janeiro de 2017 a outubro de 2020. É seguida por
Fernando Collor de Mello, que somou R$ 3,6 milhões em despesas.
Lula aparece em 4º no
ranking no mesmo período. As despesas com os assessores e veículos cedidos ao
ex-presidente foram reduzidas de abril de 2018 a novembro de 2019, quando
esteve preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Cumpria pena
de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do
Guarujá (SP).
Em 2018, suas despesas com
pessoal somaram R$ 669 mil, e em 2019, R$ 766 mil. Registrou as menores
despesas entre os ex-presidentes nesses 2 anos.
Os gastos de 3
ex-presidentes foram minorados de 2017 a 2019 pelo uso de carros cedidos pela
Fiat. Fernando Collor de Mello (2 veículos disponibilizados), Fernando Henrique
Cardoso (1 veículo) e Dilma Rousseff (1 veículo) foram beneficiados. A
manutenção e seguro dos carros da Fiat foram pagos pela própria montadora.
BENEFÍCIO A EX-PRESIDENTES
O benefício a
ex-presidentes é concedido por meio da Lei 7.474/1986, da época da ditadura
militar, reformulada pelo decreto 6.381/2008. O texto determina que cada ex-mandatário
tem direito a:
4 servidores para
atividades de segurança e apoio pessoal;
2 servidores de cargos em
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 5;
2 motoristas.
Os servidores e motoristas
são de livre escolha do ex-presidente da República.
Além do pagamento dos
salários desses assessores, que variam de R$ 2.500 a R$ 13.000, a União custeia
as despesas com passagens e diárias desses funcionários, além da manutenção,
seguro e combustível dos veículos.
Poder360
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