A Polícia Federal (PF)
deflagrou hoje (10) a Operação Covideiros, que investiga fraudes relativas ao
auxílio emergencial, concedido pelo governo federal. Em nota, a corporação
esclareceu que um grupo criminoso tem clonado cartões de beneficiários em casas
lotéricas do Ceará e utilizado esses dados para sacar o valor em São Paulo.
A ação mobiliza mais de 40
policiais federais, além de 40 agentes da Polícia Militar de São Paulo e 14
empregados da Caixa, que auxiliam no monitoramento dos casos. As equipes cumprem,
ao todo, oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco em São Paulo e três
nos municípios cearenses de Morrinho, Quixeré e Russas. Também são cumpridos
dois mandados de prisão temporária, todos em São Paulo. Os mandados foram
expedidos pela 4ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo.
Para ter sucesso na
transação, o grupo realizava uma etapa intermediária, de alteração da senha
original do beneficiário. Esse recadastramento, apurou a PF, era feito em casas
lotéricas localizadas na zona leste de São Paulo. As movimentações de saque
eram feitas fora de horário de pico de atendimento, para evitar suspeitas.
A PF informou, ainda, que
o esquema somente tem sido possível com a participação de funcionários das
lotéricas, que estariam recebendo instruções remotas dos líderes do grupo. Em
troca da facilitação, os empregados recebem parte dos lucros gerados com as
fraudes.
Os investigados irão
responder por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11
anos de prisão. O nome da operação foi escolhido em referência ao modo como os
fraudadores têm sido chamados pelos órgãos de persecução penal.
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