Um advogado de Santa
Catarina usou seu tempo de sustentação oral, nesta quinta-feira (3/8), para
acusar o relator do processo de pedir propina de R$ 700 mil para assinar
decisão favorável. Exaltado, Felisberto Odilon Córdova declarou que o
julgamento na 1ª Câmara Cível é “comprado” e chamou o desembargador Eduardo
Gallo de “vagabundo”, “safado” e “descarado”.
Córdova disse que foi
procurado por uma pessoa do Rio de Janeiro e que recebeu “contraproposta”
diretamente em seu escritório, em favor do desembargador. Por isso, considerou
o julgamento nulo e disse que o Ministério Público deveria investigar o caso,
em nome da moralidade.
Gallo respondeu que nunca
havia sido xingado durante seus 25 anos de carreira e, por verificar “nítido
excesso” no comportamento do advogado, pediu que o profissional fosse preso. O
presidente do colegiado, desembargador Raulino Brunning, preferiu adiar a
análise do processo e oficiar o MP e a seccional da Ordem dos Advogados do
Brasil.
Córdova foi retirado da
sala por colegas. Segundo o jornalista Rafael Martini, do Diário Catarinense, o
caso envolve uma disputa de R$ 35 milhões em execução de honorários, e a OAB-SC
já instaurou comissão para apurar os fatos.
Já o presidente em
exercício do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador Alexandre
d'Ivanenko, declarou que só vai se manifestar depois de analisar o episódio. A
ConJur não conseguiu localizar o advogado e o desembargador na noite desta
quinta.
Confira o vídeo
Fonte: Conjur
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