“Eles vos expulsarão das
sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar
culto a Deus” João 16:2
O alerta de Jesus em João
16:2 soa hoje mais atual do que nunca. A perseguição que Ele anunciou não
se limita a prisões ou mortes físicas; muitas vezes, ela se manifesta de forma
silenciosa, disfarçada de “zelo espiritual”, “defesa da fé” ou “tradição
religiosa”.
Ainda vemos pessoas sendo
excluídas, difamadas e atacadas simplesmente por permanecerem fiéis às
Escrituras. Em nome de Deus, muitos levantam palavras duras, cancelam, julgam e
ferem, acreditando sinceramente que estão fazendo a coisa certa. O problema não
está na intenção declarada, mas na ausência de um verdadeiro conhecimento do
Pai.
A religião sem Cristo
continua sendo um terreno fértil para o engano. Quando a fé se apoia mais em
sistemas, líderes, datas, rituais ou tradições do que na Palavra, o coração se
endurece. Nesse ambiente, o amor é substituído pelo orgulho, o discernimento
pela intolerância e a verdade pela conveniência. O erro passa a ser combatido
com ódio, e não com luz.
O mais perigoso é que muitos
não se veem como perseguidores; consideram-se defensores da verdade. Assim como
no passado, rejeitam a correção, resistem ao confronto bíblico e se fecham para
o arrependimento. A expulsão da “sinagoga”, nos dias de hoje, pode significar
ser afastado de círculos religiosos, rotulado, ignorado ou atacado publicamente
por simplesmente permanecer fiel ao Evangelho.
Por isso, o chamado de Deus
para este tempo é o mesmo revelado em Ezequiel 44:23: aprender a
discernir entre o santo e o profano. Nem tudo o que usa o nome de Deus vem de
Deus. Nem todo discurso religioso carrega o Espírito de Cristo. Onde não há
amor, verdade e humildade, Cristo não está sendo refletido.
Jesus não prometeu aplausos,
mas fidelidade. Ele não nos chamou para agradar sistemas, e sim para obedecer à
Sua voz. Permanecer na verdade pode custar aceitação, mas jamais custará a
presença de Deus. Que, nos dias atuais, não sejamos movidos por um zelo cego,
mas por um coração quebrantado, que conhece o Pai, ama o Filho e anda na
direção do Espírito.
Porque, no fim, agradar a
Deus será sempre mais importante do que ser aceito pelos homens. Estejamos
atentos e firmes na Palavra, pois nem toda ação feita “em nome de Deus” vem de
Deus. Onde há a prática da verdadeira fé, há amor, verdade e justiça; não
perseguição.
Como cristãos, somos
chamados a discernir entre o zelo religioso e a obediência genuína à vontade de
Cristo.


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