Em nota a Transparência
Internacional diz que jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente,
qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo
de leniência no Brasil.
Confira a integra da nota:
Em resposta à decisão do
Min. Dias Toffoli divulgada nesta segunda-feira (5), a Transparência
Internacional – Brasil esclarece, mais uma vez, que são falsas as informações
de que valores recuperados através de acordos de leniência seriam recebidos ou
gerenciados pela organização.
A Transparência
Internacional jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer
recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de
leniência no Brasil. A organização tampouco teria – e jamais pleiteou –
qualquer papel de gestão de tais recursos. Através de acordos formais e
públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a
Transparência Internacional – Brasil produziu e apresentou estudo técnico com
princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a
destinação de “recursos compensatórios” (multas e recuperação de ativos) em casos
de corrupção. O relatório incluía recomendação de que o Ministério Público não
deveria ter envolvimento na gestão destes recursos. O estudo e as recomendações
não tiveram e não têm qualquer caráter vinculante ou decisório. O Memorando de
Entendimento que estabeleceu esta cooperação expirou em dezembro de 2019 e não
foi renovado, encerrando qualquer participação da Transparência Internacional.
Tais alegações já foram
desmentidas diversas vezes pela própria Transparência Internacional e por
autoridades brasileiras, inclusive pelo Ministério Público Federal. Apesar
disso, estas fake news vêm sendo utilizadas há quase cinco anos em graves e
crescentes campanhas de difamação e assédio à organização.
Reações hostis ao trabalho
anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns,
em diversas partes do mundo. Ataques às vozes críticas na sociedade, que
denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem ser naturalizados.
Seguiremos cumprindo nosso
papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo.
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