Foi deflagrada nesta
quarta-feira (15/12) operação para apurar supostas fraudes e pagamento de
propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvendo as obras no
estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013. Entre os alvos das
buscas da Operação Colosseum estão Ciro Gomes, presidenciável, e o
ex-governador cearense Cid Gomes.
Segundo a PF, as
investigações apontam para um “possível pagamento de vantagem indevida para que
a Galvão Engenharia obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão
e, na fase de execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do
Estado ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação
e manutenção do Estádio".
Foram deslocados 80
policiais federais para a força-tarefa, com o objetivo de cumprir 14 mandados
de busca e apreensão em Fortaleza, Meruoca, Juazeiro do Norte, no Ceará; São
Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As ordens foram expedidas pelo
juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, 32ª Vara Federal Criminal no Ceará,
que ainda determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e
telemático de Ciro e Cid Gomes.
A apuração ainda indica
que o valor da concorrência foi de R$ 518 milhões, vindo em parte de
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas
diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de
notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas", disse a PF em nota.
Justiça também determinou
quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos envolvidos.
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