O Senado derrubou o veto
presidencial com relação à proibição do reajuste salarial de servidores. A ação
pode acarretar em um prejuízo anual de cerca de R$ 120 bilhões ao Brasil. Para
o ministro da economia, Paulo Guedes, a medida pode ser considerada como “um
crime contra o país”.
“Não pode o
desentendimento da política estar acima da saúde do Brasil, na hora em que o
país começa a se recuperar. Pegar a saúde e permitir que se transforme em
aumento de salários do funcionalismo é um crime contra o país”, comentou.
O veto se direcionava para
reajustes servidores públicos das áreas de saúde, educação e segurança até 2021
e tinha como foco a manutenção da saúde financeira do país, por conta das
dificuldades durante o período de pandemia do coronavírus.
O veto é considerado por
agentes do mercado financeiro como uma garantia de compromisso fiscal do
governo federal em meio à expansão nos gastos públicos provocados pela crise
sanitária. Sua derrubada pode afetar a credibilidade do país e agravar a situação
das contas públicas em um momento em que se estima que a dívida bruta supere a
marca de 95% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. O Ministério da Economia
chegou a estimar que o veto garantiria uma economia fiscal entre R$ 121 bilhões
e R$ 132 bilhões.
Foram 42 votos pela
derrubada do veto e 30 votos contrários. O resultado pegou de surpresa não
apenas membros do governo, mas alguns senadores que trabalhavam para derrotar o
Palácio do Planalto no tema.
A Câmara irá decidir na
tarde desta quinta-feira (20) se dá o aval para concretizar a ação do Senado.
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