A região Nordeste
registrou, na última quinta-feira (16), dois recordes de geração de energia a
partir de usinas solares fotovoltaicas, informou o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS). O resultado não inclui a geração para consumo próprio.
O pico de geração chegou a
1.232 MW (megawatts), o equivalente a 10,4% do consumo da região. Na média
diária, essas usinas geraram 449 MW médios, ou 3,9% do consumo médio da região
no dia.
O recorde de pico anterior
era de 12 de novembro de 2019, com 1.210 MW. Já o recorde de geração média foi
atingido no dia seguinte, com 447 MW médios, segundo o ONS.
O Nordeste vem
experimentando uma onda de investimentos em novas usinas de geração solar
fotovoltaica, que demonstraram grande competitividade nos últimos leilões de
energia realizados pelo governo.
Segundo a Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), a região tem hoje 54 usinas desse tipo já em
operação, com potência somada de 1.513 MW -o número considera as registradas
como produtores independentes de energia. Elas estão espalhadas por cidades da
Bahia, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí.
Destas, dez começaram a
gerar energia em 2019. Outras 23 estão em construção neste momento e 68 já
foram outorgadas, mas ainda não estão com obras iniciadas, ainda segundo as
informações da agência reguladora.
Quando estiverem prontas,
essas novas usinas agregarão outros 3.448 MW, mais do que triplicando a
capacidade atual na região, em um indicativo de que os recordes de geração de
energia solar serão frequentes nos próximos anos.
As usinas desse tipo
costumam ser dispostas em grandes parques geradores, como Ituverava, da
italiana Enel em Tabocas do Brejo Velho (BA), a 790 quilômetros de Salvador. O
parque tem hoje em operação sete usinas, com potência total de 196 MW.
São diferentes das
unidades para autoconsumo, neste caso, há 23,8 mil unidades no Nordeste, com
potência instalada de 337 MW. Apenas 35% da potência instalada para consumo
próprio estão relacionadas a residências. O restante é usada por
estabelecimentos comerciais (a maior parte, 47%), rurais, indústrias e poder
público.
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