Depois de 16 trimestres
(quatro anos) seguidos de queda, o emprego no setor privado com carteira de
trabalho assinada voltou a crescer. Segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), o indicador cresceu 1,5% no
trimestre encerrado em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do
ano passado.
De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram gerados 480 mil postos de trabalho
formais no período, totalizando 33,1 milhões de trabalhadores nessa situação.
“O aumento reflete o
início de um quadro favorável. É a primeira vez que a categoria carteira de
trabalho respira desde o início da crise em 2014”, disse o pesquisador do IBGE
Cimar Azeredo.
Azeredo explica que a alta
foi puxada pelos setores de educação e saúde, de trabalhadores de baixo nível
educacional da mineração, da construção, do transporte e dos profissionais
liberais.
Apesar da alta dos
empregos com carteira de trabalho assinada, houve também uma alta nos empregos
informais, isto é, aqueles sem carteira. A alta foi 3,4%, ou seja, 368 mil
pessoas a mais do que no trimestre encerrado em abril do ano passado. No total,
11,2 milhões de pessoas estavam nessa situação no trimestre encerrado em abril
deste ano.
Apesar das altas na
comparação com abril do ano passado, os dois tipos de trabalho (formal e
informal) mostraram estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro
deste ano.
O rendimento médio real
habitual do trabalhador ficou em R$ 2.295, ficou estável tanto em relação ao
trimestre encerrado em janeiro deste ano quanto na comparação com abril do ano
passado. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 206,8 bilhões, estável
em relação a janeiro, mas 2,8% superior a abril do ano passado.
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