O discernimento espiritual
não é uma habilidade mental ou fruto da inteligência humana, é um poder
espiritual dado por Deus. Ele atua como um farol que ilumina o caminho em meio
às trevas da confusão, do engano e das aparências. Ter discernimento é estar um
passo à frente, não porque somos melhores, mas porque estamos conectados à
verdade que liberta.
Muitos vivem presos em
ilusões, cegos espiritualmente, seguindo qualquer direção que pareça
promissora. Mas o discernimento liberta dessa cegueira. Ele permite ver além
das aparências, perceber a verdade oculta por trás de palavras bonitas ou
intenções disfarçadas.
Como a Bíblia ensina:
“O homem espiritual discerne
todas as coisas, mas ele mesmo por ninguém é discernido.” (1 Coríntios 2:15)
Essa capacidade não vem do
ego ou da razão, mas do Espírito Santo que habita no crente.
No entanto, o discernimento
pode ser bloqueado. O ego, a soberba e a resistência à mudança nos impedem de
ver com clareza. Quando acreditamos que já sabemos tudo, que estamos certos em
tudo e que não precisamos mudar, fechamos os olhos espirituais.
A Bíblia adverte:
“Há caminho que ao homem
parece direito, mas o fim dele conduz à morte.” (Provérbios 14:12)
Ou seja, o discernimento
nasce quando estamos dispostos a desaprender, a reconhecer que nem tudo é como
gostaríamos que fosse, mas como realmente é diante de Deus.
As emoções descontroladas
também podem nos desconectar do discernimento. Quando agimos movidos apenas por
sentimentos, perdemos a capacidade de perceber o que é verdadeiro. O
discernimento rejeita “verdades prontas”, não segue qualquer “guru” ou autoridade
sem antes examinar à luz da verdade.
Como os bereanos em Atos
17:11, é preciso conferir tudo com as Escrituras, com humildade e
reverência.
À medida que desenvolvemos o
discernimento, nos afastamos naturalmente de influências que promovem a
cegueira espiritual. Passamos a valorizar o silêncio, a mansidão, a verdade e a
direção do Espírito, mesmo quando ela nos confronta ou nos tira da zona de
conforto. O discernimento não é confortável, mas é libertador.
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