O poder do discernimento espiritual


Vladimir Chaves

O discernimento espiritual não é uma habilidade mental ou fruto da inteligência humana, é um poder espiritual dado por Deus. Ele atua como um farol que ilumina o caminho em meio às trevas da confusão, do engano e das aparências. Ter discernimento é estar um passo à frente, não porque somos melhores, mas porque estamos conectados à verdade que liberta.

Muitos vivem presos em ilusões, cegos espiritualmente, seguindo qualquer direção que pareça promissora. Mas o discernimento liberta dessa cegueira. Ele permite ver além das aparências, perceber a verdade oculta por trás de palavras bonitas ou intenções disfarçadas.

Como a Bíblia ensina:

“O homem espiritual discerne todas as coisas, mas ele mesmo por ninguém é discernido.” (1 Coríntios 2:15)

Essa capacidade não vem do ego ou da razão, mas do Espírito Santo que habita no crente.

No entanto, o discernimento pode ser bloqueado. O ego, a soberba e a resistência à mudança nos impedem de ver com clareza. Quando acreditamos que já sabemos tudo, que estamos certos em tudo e que não precisamos mudar, fechamos os olhos espirituais.

A Bíblia adverte:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.” (Provérbios 14:12)

Ou seja, o discernimento nasce quando estamos dispostos a desaprender, a reconhecer que nem tudo é como gostaríamos que fosse, mas como realmente é diante de Deus.

As emoções descontroladas também podem nos desconectar do discernimento. Quando agimos movidos apenas por sentimentos, perdemos a capacidade de perceber o que é verdadeiro. O discernimento rejeita “verdades prontas”, não segue qualquer “guru” ou autoridade sem antes examinar à luz da verdade.

Como os bereanos em Atos 17:11, é preciso conferir tudo com as Escrituras, com humildade e reverência.

À medida que desenvolvemos o discernimento, nos afastamos naturalmente de influências que promovem a cegueira espiritual. Passamos a valorizar o silêncio, a mansidão, a verdade e a direção do Espírito, mesmo quando ela nos confronta ou nos tira da zona de conforto. O discernimento não é confortável, mas é libertador.

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