No inferno, nenhuma oração será ouvida!


Vladimir Chaves

“E não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mateus 10:28)

Esse alerta de Jesus é ignorado por muitos, até mesmo nas igrejas. Nos dias atuais, muitos buscam um evangelho suave, que não confronte, que apenas console. No entanto, Jesus, em Sua misericórdia, deixa claro o destino eterno da alma.

Em Mateus 10:28, Ele nos chama a atenção para algo extremamente sério: não devemos temer os homens, mas sim a Deus, que tem autoridade sobre a alma e o corpo, inclusive para lançá-los no inferno.

Esse versículo nos alerta para uma verdade inegável: no inferno, nenhuma oração será ouvida. É o lugar onde a misericórdia já não se manifesta, onde o arrependimento não encontra resposta, onde o silêncio de Deus é eterno.

O inferno é real

O inferno não é simbólico, é uma realidade espiritual revelada nas Escrituras. É o estado eterno daqueles que rejeitaram a graça de Deus, preferindo viver segundo seus próprios caminhos.

Ali não haverá mais oportunidade, não haverá clamor eficaz, não haverá alívio. O tempo da misericórdia termina com a morte. A oração que salva é feita em vida. Depois da morte, vem o juízo (Hebreus 9:27).

Tomemos como exemplo a passagem que conta a história do rico e do mendigo, em que o clamor do rico não foi ouvido. Em Lucas 16:19-31, Jesus narra a parábola do rico e de Lázaro. O homem rico, que viveu em luxo e desprezou a compaixão, morre e vai para um lugar de tormento. Lá, clama por alívio. Implora até que alguém vá avisar sua família.

Mas a resposta que recebe é clara: não há mais ponte para o arrependimento, o tempo das oportunidades não existe mais.

Com isso, confirmo o ponto central deste artigo: no inferno, ninguém será ouvido. Não porque Deus seja insensível, mas porque Ele já ofereceu tudo o que era necessário antes.

Temer a Deus é mais urgente do que temer o mundo

Jesus deixa claro: não temam os que podem matar o corpo, mas não têm poder sobre a alma. Temam a Deus, que pode lançar no inferno tanto o corpo quanto a alma.

Na Bíblia, esse temor não é pânico, mas reverência, seriedade, compromisso. O mundo tenta nos calar, intimidar os cristãos, pressionar para que abandonem seus princípios. Mas o verdadeiro temor deve estar voltado ao Senhor, o Justo Juiz, e não à opinião humana.

A boa notícia é que hoje, a oração ainda pode ser ouvida. Hoje, Deus ainda salva, perdoa, restaura. Hoje, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Romanos 10:13).

Por isso, não adie sua entrega, seu arrependimento, seu recomeço com Deus. Enquanto houver vida, há esperança. Mas é preciso decidir.

Não ignore esse aviso

Mateus 10:28 é um versículo desconfortável, mas absolutamente necessário. Ele nos sacode do comodismo e nos chama à realidade da eternidade.

Se hoje você ler esse alerta, é porque Deus está lhe dando mais uma chance. Ouça a voz do Espírito Santo. Renda-se. Volte para Jesus. Busque-O enquanto ainda é possível achá-Lo (Isaías 55:6).

Porque amanhã pode ser tarde.

E no inferno... nenhuma oração será ouvida.

domingo, 3 de agosto de 2025

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Religião sem Palavra é religião sem Deus


Vladimir Chaves

A cada geração, o povo de Deus enfrenta o mesmo desafio: permanecer firme na verdade revelada ou sucumbir aos enganos cuidadosamente construídos por tradições humanas. A aparência de piedade muitas vezes esconde um coração distante de Deus, e o culto que deveria ser expressão de comunhão torna-se apenas uma repetição vazia.

A Palavra de Deus denuncia esse tipo de religiosidade desde os tempos antigos. O profeta Isaías, inspirado pelo Espírito, registra uma repreensão direta da parte do Senhor:

"Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruido" (Isaías 29:13).

Esse texto revela uma triste realidade: é possível parecer devoto, pronunciar palavras corretas e mesmo assim estar espiritualmente distante de Deus. O culto torna-se mecânico, fruto de hábitos e mandamentos aprendidos, mas não nascidos de um coração transformado pela Palavra.

Jesus retoma essa mesma advertência séculos depois, diante dos fariseus e escribas de sua época, dizendo:

"Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens..." (Marcos 7:7-8).

Essa advertência de Jesus não era contra o zelo religioso em si, mas contra a substituição da verdade de Deus por sistemas humanos de ensino. Aqueles homens conheciam as Escrituras, mas haviam se apegado tanto às suas tradições que já não discerniam mais o que vinha de Deus e o que era apenas convenção.

Esse é um risco real também em nossos dias. Quando a Palavra não é o fundamento da fé, qualquer argumento bem articulado pode parecer convincente. Se o povo de Deus não for instruído na verdade, pode facilmente confundir religiosidade com espiritualidade, tradição com obediência, emoção com fé genuína.

É por isso que o conhecimento da Palavra é essencial. Somente ela nos dá discernimento para rejeitar o que é falso e permanecer na sã doutrina. Não basta ouvir belas palavras ou participar de práticas religiosas.

A voz do Senhor ecoa através dos séculos, chamando Seu povo de volta ao essencial: não uma religião baseada em mandamentos de homens, mas uma vida fundamentada em Sua verdade eterna,  que são as Escrituras.

Que nossos lábios não apenas repitam fórmulas religiosas, mas expressem a realidade de um coração que vive próximo do Senhor.

Que nosso culto não seja vão, mas fruto de um relacionamento profundo com o Deus que se revela nas Escrituras.

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