A
igreja primitiva é um exemplo marcante de como o Espírito Santo opera de forma
poderosa em uma comunidade que zela pela santidade e pela verdade. Um episódio
que marcou profundamente a trajetória da primeira igreja foi o caso de Ananias
e Safira (Atos 5). Esse acontecimento não apenas revelou a seriedade com
que Deus lida com a mentira, mas também serviu como um marco de temor e pureza
para todos os crentes. Em tempos em que muitas igrejas relativizam o pecado, é
urgente revisitar os princípios que tornam uma igreja verdadeira aos olhos de
Deus: temor, santidade e firmeza contra o engano.
1.
Uma igreja temente
Lucas
relata que, após o julgamento divino sobre Ananias e Safira, “grande temor veio
sobre toda a igreja e sobre todos os que ouviram estas coisas” (Atos 5:11).
Esse temor não é simplesmente medo, mas uma profunda reverência e respeito à
santidade de Deus. O mesmo princípio é mencionado em Atos 2:43, quando
sinais e maravilhas eram realizados, e todos estavam tomados de temor.
O
episódio nos ensina que Deus zela pela pureza do seu povo e que a mentira,
mesmo que aparentemente inofensiva, é uma afronta ao Espírito Santo. Se Pedro
não tivesse confrontado o casal, o pecado teria se instalado no coração da
igreja ainda em seus primeiros dias, contaminando a obra que nascia cheia de
graça e verdade. Uma igreja que teme ao Senhor vive em vigilância espiritual e
trata com seriedade tudo o que pode corromper sua integridade.
2.
Uma igreja forte
A
verdadeira força da igreja não está em números, estruturas ou estratégias
humanas, mas em sua santidade. Uma igreja que trata o pecado como pecado, sem
buscar desculpas, é uma igreja forte. O poder de Deus repousa onde há verdade e
arrependimento. Quando a disciplina espiritual é ignorada e o pecado é tolerado
ou até mesmo disfarçado por conveniências, a igreja se torna anêmica, frágil e
inoperante.
A
força espiritual de uma congregação está diretamente ligada à sua obediência
aos princípios bíblicos. Uma igreja que rejeita a mentira está alinhada com o
caráter de Cristo, que é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). A
mentira é incompatível com a presença do Espírito Santo. Por isso, a igreja que
deseja ser cheia de poder precisa, antes, ser cheia de verdade.
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