A igreja de Atos lembrada
como o modelo ideal de comunidade cristã, por ter um povo unido, cheio do
Espírito Santo, comprometido com a Palavra, com a oração e com a comunhão,
tinha um princípio que as igrejas atuais não tem, o espírito de serviço.
Em Atos 2:44-47,
vemos uma comunidade em que todos os que criam estavam juntos e partilhavam
suas vidas com generosidade e humildade. O foco não era a posição, o status, os
títulos, mas sim a disposição de colocar-se à disposição do outro, movidos por
amor e obediência a Cristo.
O crescimento da igreja não
se media por números, mas por transformação de vidas. E essa transformação
acontecia porque cada membro compreendia que o Reino de Deus avança quando cada
um faz sua parte, servindo com alegria, mesmo que nos bastidores, mesmo que sem
reconhecimento público.
Hoje, infelizmente, as
igrejas enfrentam uma inversão de valores. Há uma corrida por visibilidade, por
cargos, por púlpitos. Liderar se tornou, para alguns, uma ambição, quando na
verdade deveria ser uma consequência natural de uma vida de serviço. Jesus
mesmo ensinou: "Quem quiser tornar-se grande entre vocês, que se coloque a
serviço dos outros." (Mateus 20:26)
Servir é a essência do
Evangelho. Cristo não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
por muitos (Marcos 10:45). A igreja que deseja crescer de forma saudável
precisa resgatar esse princípio. Precisa de menos disputas e mais disposição.
Menos vaidade e mais humildade. Menos palco e mais toalha e bacia.
A lição da igreja de Atos
continua viva: quando todos querem servir, todos são supridos. Quando todos
querem liderar, muitos ficam desassistidos, desanimados.
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