A igreja de Atos crescia porque todos queriam servir


Vladimir Chaves

A igreja de Atos lembrada como o modelo ideal de comunidade cristã, por ter um povo unido, cheio do Espírito Santo, comprometido com a Palavra, com a oração e com a comunhão, tinha um princípio que as igrejas atuais não tem, o espírito de serviço.

Em Atos 2:44-47, vemos uma comunidade em que todos os que criam estavam juntos e partilhavam suas vidas com generosidade e humildade. O foco não era a posição, o status, os títulos, mas sim a disposição de colocar-se à disposição do outro, movidos por amor e obediência a Cristo.

O crescimento da igreja não se media por números, mas por transformação de vidas. E essa transformação acontecia porque cada membro compreendia que o Reino de Deus avança quando cada um faz sua parte, servindo com alegria, mesmo que nos bastidores, mesmo que sem reconhecimento público.

Hoje, infelizmente, as igrejas enfrentam uma inversão de valores. Há uma corrida por visibilidade, por cargos, por púlpitos. Liderar se tornou, para alguns, uma ambição, quando na verdade deveria ser uma consequência natural de uma vida de serviço. Jesus mesmo ensinou: "Quem quiser tornar-se grande entre vocês, que se coloque a serviço dos outros." (Mateus 20:26)

Servir é a essência do Evangelho. Cristo não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida por muitos (Marcos 10:45). A igreja que deseja crescer de forma saudável precisa resgatar esse princípio. Precisa de menos disputas e mais disposição. Menos vaidade e mais humildade. Menos palco e mais toalha e bacia.

A lição da igreja de Atos continua viva: quando todos querem servir, todos são supridos. Quando todos querem liderar, muitos ficam desassistidos, desanimados.

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