Foi ele quem introduziu o
monstro da discórdia no país. Antes dele, todos roubavam em harmonia. Foi ele
quem meteu o dedo sujo na ferida do sistema, um crime imperdoável, que colocou
em risco a vida da velha ordem política.
Antes de sua chegada ao
poder, o Brasil vivia em uma paz silenciosa. Os escândalos de corrupção eram
tratados como inevitáveis e aceitáveis. De um lado, a oposição; do outro, a
situação, harmonicamente unidos pela arte de governar... e faturar. A direita
era representada por nomes como FHC, Aécio Neves, Sarney, Maluf... Figuras
tradicionais, que compunham um teatro confortável.
Mas eis que surge Bolsonaro,
trazendo consigo nomes até então desconhecidos da política nacional: Nikolas
Ferreira, Tarcísio de Freitas, Cleitinho, Jorginho Mello... Políticos chatos,
que não apenas se recusam a roubar, como ainda insistem em dificultar a vida de
quem quer roubar em paz. Um verdadeiro transtorno.
Antes dele, tínhamos
feministas celebradas que lutavam contra os valores da família e defendiam, com
orgulho, o assassinato de bebês no ventre da mãe. Hoje, por influência do
bolsonarismo, há mulheres no Congresso que, de forma igualmente combativa, defendem
a vida desde o ventre e os princípios da família tradicional, um absurdo
insuportável.
Os criminosos, antes vistos
como vítimas da sociedade, passaram a ser tratados como... criminosos. De
repente, o coitado do bandido passou a ser malvisto, maltratado, caçado e
humilhado. Como se combater o crime organizado fosse mais importante do que lhes
prestar solidariedade. Inaceitável!
A política de gênero nas
escolas, que seguia sem obstáculos, também encontrou oposição. Pedófilos e
militantes que exploram a infância sexualizada perderam a paz. Tudo por culpa
desse tal Bolsonaro, que ousou colocar limites naquilo que antes era tratado
como “avanço civilizatório”.
E como esquecer o grande
pecado midiático: Bolsonaro tirou do povo a ignorância conveniente.
Antigamente, ninguém sabia o nome do presidente da Câmara ou do Senado. Agora,
todo o Congresso está sob os holofotes. A imprensa perdeu sua capacidade de
transformar corruptos em heróis. Os artistas, que viviam às custas da Lei
Rouanet, foram expostos, e agora precisam enfrentar o desprezo popular, que
insiste em querer saber para onde vai o seu dinheiro. Que absurdo!
Por fim, Bolsonaro cometeu o
maior de todos os delitos: ele mostrou que o PT nunca foi o partido do
trabalhador, mas sim um parasita agarrado ao lombo de quem produz. Aquilo que
muitos demoraram décadas para perceber, ele escancarou em poucos anos de governo.
Sim, há quem ache que
Bolsonaro merece cadeia. Mas, se formos honestos, o que ele realmente merece é
um julgamento justo da história, e o reconhecimento por ter colocado o dedo na
ferida de um Brasil que, por muito tempo, preferiu a comodidade da ilusão.
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