Infelizmente, muitos têm se
esquecido de que, na Bíblia, Satanás é claramente identificado como “pai da
mentira” (João 8:44). Quando o engano, a dissimulação e as falsas
intenções encontram espaço entre os crentes, o inimigo se aproveita para
plantar destruição, esfriar o amor e minar a confiança na comunhão. Como filhos
da luz, somos chamados a viver na verdade, sabendo que Deus sonda os corações (Jeremias
17:10) e que somente os íntegros habitarão com Ele (Salmos 15:2).
Para resistir ao tentador, é essencial andarmos no temor do Senhor e
conhecermos suas santas exigências.
1. É da natureza satânica
mentir
Jesus foi claro ao descrever
o diabo como mentiroso desde o princípio. Ele não apenas mente, a mentira é sua
essência (João 8:44). Todo ato de engano, por menor que pareça, é uma
semente plantada em solo contaminado. A história de Ananias e Safira em Atos
5 é um alerta solene: movidos pela cobiça e pelo desejo de aparecer como
generosos, mentiram ao Espírito Santo. Eles queriam a reputação dos que doam,
mas guardaram parte para si, enganando a igreja.
Em Provérbios 6:16-19,
o Senhor lista sete coisas que Ele odeia, entre elas, a língua mentirosa e a
testemunha falsa que profere mentiras. Isso revela que a mentira, em qualquer
forma, é uma abominação diante de Deus. Mesmo quando parece conveniente,
estratégica ou "inofensiva", ela fere os princípios do Reino e dá
legalidade ao inimigo.
2. A mentira como um ardil
maligno
A mentira é uma das armas
preferidas do inimigo porque ela distorce a realidade e gera confusão, suspeita
e divisão. Paulo adverte: “não deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27). Essa
brecha pode ser aberta por atitudes pequenas, como fofocas, omissões
intencionais ou falsidades emocionais, que corroem a verdade e o amor entre os
irmãos.
Satanás usa a mentira como estratégia
maliciosa, tentando colocar os crentes uns contra os outros ou induzi-los ao
erro espiritual. Em Gênesis 3, vemos a primeira mentira: “É certo que
não morrereis...” disse ele à mulher. Essa distorção da palavra de Deus levou à
queda. Da mesma forma, hoje ele semeia dúvidas, promove heresias e confunde
mentes que não estão firmadas nas Escrituras.
3. Não superestime o
inimigo!
Embora o diabo seja astuto,
ele não é invencível, e não deve ser superestimado. O apóstolo Paulo adverte os
crentes sobre as estratégias de Satanás, mas também oferece instruções para
neutralizá-las: “perdoai... para que Satanás não alcance vantagem sobre nós” (2
Coríntios 2:10-11). Quando guardamos mágoa, nos tornamos presas fáceis para
o engano. A raiz de amargura (Hebreus 12:15) nos afasta da graça e nos
torna vulneráveis às mentiras do maligno.
A vida cristã é um chamado à
vigilância e à firmeza. Não somos vítimas indefesas. Somos mais que vencedores
em Cristo Jesus (Romanos 8:37), desde que não nos afastemos da verdade,
que é a base da nossa autoridade espiritual.
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