Redes sociais,
entretenimentos vazios, ideologias contrárias à fé, tudo parece ser colocado
como vilão da fé cristã. Mas será que apenas o mundo é responsável por afastar
os crentes de Deus? Ou seria o pecado, que já não provoca mais vergonha no
coração humano?
Muitos já não sentem
vergonha de pecar. Aliás, sequer sabem que estão pecando, pois estão dominados
pela soberba, pelo espírito de julgamento contra o próximo, por atitudes que
geram contendas, um espírito que se autodenomina santo e acima de todos, sem ao
menos ser exemplo.
A banalização do pecado
Jesus, em Mateus 24:12,
alerta:
“Por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos esfriará.”
A multiplicação da
iniquidade não é apenas um fenômeno social; é uma tragédia pessoal e
espiritual. Quando o pecado deixa de causar constrangimento, ele passa a ser
aceito, defendido e pior: praticado com orgulho. A consciência adormece, o
coração endurece, e a fé se torna apenas uma casca.
O perigo da falsa santidade
O segundo alerta é ainda
mais desconfortável: a soberba disfarçada de santidade. Aqueles que se
autodenominam santos, que apontam o dedo para os pecadores enquanto escondem
suas próprias misérias, tornam-se agentes de divisão. Criam contendas em nome
da “verdade”, mas se esquecem de que a verdade bíblica caminha de mãos dadas
com o amor, a humildade e o serviço.
Julgar com arrogância, expor
o erro do outro sem compaixão, alimentar disputas religiosas e não ser exemplo
de transformação, tudo isso contribui para o esfriamento do amor. A falsa
santidade repele em vez de atrair; afasta em vez de restaurar.
A responsabilidade pessoal
O mundo sempre foi mundo.
Desde os tempos bíblicos, ele é descrito como um sistema contrário ao Reino de
Deus. Mas a responsabilidade pelo nosso relacionamento com Deus é pessoal e
intransferível. Não adianta culpar as influências externas se o problema está
na falta de vigilância interna.
O salmista orava: “Sonda-me,
ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.” (Salmo
139:23)
Falta hoje esse clamor
sincero. Falta arrependimento real. Falta vergonha do pecado.
O que fazer, então?
Voltar ao arrependimento
genuíno: sentir tristeza pelo pecado e desejo de mudança;
Silenciar a soberba
religiosa: trocar julgamento por compaixão e intercessão;
Buscar ser exemplo antes de
ser juiz: viver de forma coerente antes de apontar incoerências alheias;
Restaurar o primeiro amor:
como Jesus ordenou à igreja de Éfeso (Apocalipse 2:4-5), voltar ao
início, ao lugar da humildade e do fervor verdadeiro.
Enfim, o maior inimigo da fé
cristã não é o mundo, mas: O pecado disfarçado de liberdade e a soberba
camuflada de santidade, o amor que se esfria por dentro, enquanto se mantém uma
aparência de religiosidade por fora.
A porta da graça ainda está
aberta. Não aceite a normalidade do pecado. Quem ama a Deus não brinca com
aquilo que o crucificou.
1 comentários:
Glória ao senhor Deus em nome de Jesus
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