A volta de Jesus: Sem aviso prévio, mas com sinais claros


Vladimir Chaves

A segunda vinda de Cristo, um dos eventos mais aguardados pela fé cristã, não será anunciada em manchetes ou por vozes humanas. Ela será repentina, como um relâmpago que rasga o céu (Mateus 24:27). Por isso, precisamos mais do que nunca estar atentos aos sinais que Deus já nos revelou em Sua Palavra.

Sem aviso prévio, vigiem.

Jesus foi claro em várias ocasiões: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Marcos 13:32). A vinda do Senhor será súbita, como o ladrão que vem de noite (1 Tessalonicenses 5:2). No entanto, mesmo que o exato momento seja desconhecido, Ele nos deixou advertências, sinais e parábolas para que estejamos preparados.

O problema é que muitos confundem a ausência de uma data exata com ausência de sinais. Jesus jamais quis que seus discípulos ficassem em escuridão quanto à estação espiritual em que viveriam. Ele apontou guerras, fomes, terremotos, esfriamento do amor, perseguição à igreja, multiplicação da iniquidade, entre outros sinais (Mateus 24). Todos estes eventos, que pareciam distantes para muitos, hoje estão estampados em nossos noticiários diários.

O livro de Apocalipse é uma profecia viva e atual

Se existe um livro da Bíblia que tem sido mal compreendido e, muitas vezes, negligenciado, é o Apocalipse. Contudo, nunca foi tão necessário lê-lo com atenção. O Apocalipse não é um roteiro de medo, mas uma revelação de esperança e justiça. Ele descreve com detalhes os desdobramentos espirituais, políticos e naturais que antecedem a volta gloriosa de Cristo.

Quando dizemos que o Apocalipse está mais atualizado que o jornal de amanhã, não estamos exagerando. Muitas das profecias registradas por João na ilha de Patmos se cumprem em nossos dias. A globalização, o avanço tecnológico, os conflitos internacionais, o controle de massas, a perseguição aos cristãos; tudo está acontecendo diante de nossos olhos, como sombras que antecedem o aparecimento do verdadeiro Sol da Justiça.

A igreja precisa estar atenta

O maior perigo da igreja hoje não é a perseguição externa, mas a distração interna. A parábola das dez virgens (Mateus 25:1-13) nos mostra que metade das virgens dormiu despreparada. Elas tinham lâmpadas, mas não azeite suficiente. Tinham aparência de piedade, mas não vigilância espiritual.

Jesus nos chama à vigilância. Não à paranoia, mas à consciência espiritual ativa. Não ao medo, mas à esperança. Estar atento é viver cada dia com os olhos voltados para o céu, mas os pés firmes na missão aqui na Terra.

Tudo está acontecendo.

Diante do cenário atual, a pergunta não é se Cristo voltará, mas: Como Ele me encontrará?

A volta de Jesus será súbita, mas não será uma surpresa para quem está vigiando. Que nossos olhos estejam abertos, nossas lâmpadas acesas e nossos corações firmes na esperança do Senhor.

Apocalipse não é um livro distante; é o retrato espiritual do nosso tempo. Não vivamos como se tivéssemos tempo de sobra.

“Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.”             (Apocalipse 22:7)

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