Domínio próprio é a verdadeira força


Vladimir Chaves

Nossos maiores inimigos são invisíveis e crescem em nossas mentes. Eles se escondem nas pequenas concessões, nos desejos aparentemente inofensivos que, pouco a pouco, corroem a força espiritual.

Davi venceu Golias com uma funda, mas deixou-se levar pelo desejo ao ver Bate-Seba (2 Samuel 11). Não foi um filisteu que o derrotou, mas um momento de prazer. Essa é a verdade que muitos ignoram.

A mente é um campo de batalha espiritual; nela se travam as guerras mais intensas. Paulo nos exorta: “Transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12:2). O inimigo sabe disso; e é por isso que lança dardos inflamados (Efésios 6:16), pensamentos sutis que parecem inofensivos, mas que visam minar a fé, corromper a integridade e nos afastar da vontade de Deus.

Não se trata de força física ou de sabedoria humana, mas de domínio próprio. O próprio Senhor Jesus, em seu jejum no deserto, nos deu exemplo ao resistir às tentações com a Palavra. Ele poderia chamar legiões de anjos, mas venceu com o “está escrito”, com obediência e disciplina.

Quantas batalhas espirituais são perdidas por falta de coragem para dizer “não”? A Bíblia nos alerta: “Aquele que não domina o seu espírito é como uma cidade derrubada, que não tem muros” (Provérbios 25:28). Sem autocontrole, nem mesmo o mais forte permanece de pé.

O segredo da vitória está na resistência ao pecado silencioso, na vigilância constante e na intimidade com Deus. Não se engane: o prazer sem freio é uma armadilha. Por isso, Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41).

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