O perigo do orgulho e da vaidade em desestimular recém-convertidos


Vladimir Chaves

A caminhada cristã é marcada pela graça, pela transformação e pelo constante crescimento na fé. Porém, ao longo dessa jornada, uma verdade desconfortável precisa ser dita e enfrentada: há crentes que, por orgulho, ego e vaidade, acabam desmotivando e até afastando aqueles que estão começando a trilhar o caminho do Senhor.

A Bíblia é enfática em apontar o orgulho como um dos maiores inimigos da comunhão verdadeira. Paulo adverte que não devemos nos gloriar em homens, pois tudo o que temos e somos vem de Deus (1 Coríntios 3:21). Quando o orgulho domina, ele gera competição, divisão e exclusão, criando um ambiente hostil, especialmente para os novos convertidos que ainda buscam entendimento e segurança.

Tiago deixa claro que onde há inveja e espírito faccioso, surgem contendas e toda obra perversa (Tiago 3:16). Essa confusão não é apenas um problema teórico — ela destrói vidas, espalha dúvidas, e faz com que muitos recém-convertidos sintam-se sozinhos, inseguros e desmotivados a seguir firmes na fé.

Mais do que comportamento, o orgulho é um sintoma de um coração que esqueceu o mandamento maior: o amor. Paulo diz que, mesmo que alguém tenha dons espirituais grandiosos, sem amor, tudo é vazio e sem valor (1 Coríntios 13:2). O orgulho substitui o amor pela autopromoção, a humildade pela superioridade, o cuidado pela crítica.

Por isso, é vital que cada crente, especialmente os mais maduros, se examine: minhas atitudes estão edificando ou ferindo? Estou sendo um instrumento de encorajamento ou uma pedra de tropeço para quem está começando?

“Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” Apocalipse 2:7

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