A maior batalha de Paulo não
era contra os perseguidores, contra as prisões ou a ira do Império Romano. A
sua maior luta era nunca mais ser Saulo. Ele sabia o peso do passado e a força
do “eu” que insiste em ressurgir, querendo tomar de volta seu coração.
Assim é quase todos os que
foram alcançados por Cristo. A conversão não nos isenta da luta, ela nos insere
nela. É uma guerra silenciosa, travada na mente e no coração, contra o orgulho,
contra a vaidade, contra a carne que clama por reconhecimento e glória própria.
É uma batalha para não esquecer quem nos salvou, para não deixar que o brilho
do mundo apague a luz da cruz.
O “eu” é astuto e tenta
voltar, especialmente quando a fé esfria e a alma se distrai. É por isso que
Jesus nos chama a tomar a cruz diariamente, pois crucificar o ego não é um ato
único, é uma luta constante.
Mas, em meio a essa luta,
existe uma certeza inabalável: a graça é maior. Quando as forças se
esgotam, a mão de Cristo nos sustenta. Quando o passado tenta nos alcançar, a
cruz nos lembra que tudo foi perdoado.
A maior vitória do
convertido não é sobre os outros, mas sobre si mesmo. É permanecer rendido aos
pés de Jesus, permitindo que a vida de Cristo brilhe acima da nossa, até que
possamos dizer, como Paulo:
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:20)
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