Em um tempo em que muitos
desejam os holofotes do púlpito, Barnabé nos ensina que não é preciso estar no
palco para servir com excelência no Reino de Deus. Seu brilho não vinha da
visibilidade, mas da integridade. Ele nos mostra que os bastidores também são
lugar de impacto eterno.
Seu nome de nascimento era
José, mas foi apelidado pelos apóstolos de Barnabé, que significa “Filho da
Consolação” (Atos 4:36). E esse nome não foi à toa. Ele era alguém que
consolava, encorajava e levantava os caídos. Em vez de buscar reconhecimento,
ele buscava restaurar pessoas.
Logo nos primeiros capítulos
de Atos, vemos Barnabé vendendo uma propriedade e entregando todo o valor aos
necessitados. Em contraste com muitos de hoje que se aproveitam do Evangelho
para enriquecer, Barnabé servia com generosidade autêntica, sem esperar nada em
troca. Seu coração estava em Deus, não nas riquezas.
Homem de discernimento
espiritual
Quando ninguém acreditava em
Saulo (Paulo), Barnabé foi o primeiro a confiar nele. Ele enxergava com os
olhos do Espírito, e não com os olhos da desconfiança. Foi Barnabé quem levou
Paulo aos apóstolos, quem o discipulou e caminhou ao seu lado nos primeiros
anos de ministério. A fé de Barnabé abriu portas para o maior missionário do
Novo Testamento.
Foi ao lado de Barnabé, em
Antioquia, que Paulo iniciou sua jornada missionária. Ali, os discípulos foram
chamados pela primeira vez de cristãos (Atos 11:25-26). Que honra! E,
mesmo assim, Barnabé continuava nos bastidores, mais preocupado em servir do
que em ser visto.
A Bíblia resume Barnabé como
um “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (Atos 11:24). Ele não
buscava posições de destaque, mas pessoas. Não queria cargos, queria curas. Não
acumulava seguidores, restaurava vidas. Quando João Marcos falhou, Barnabé o
acolheu e o restaurou, o mesmo jovem que mais tarde se tornaria autor do
Evangelho de Marcos.
Barnabé é um lembrete
poderoso de que a verdadeira grandeza no Reino de Deus está no serviço, não na
exposição. Ele não fundou igrejas, não escreveu epístolas, mas sem ele, talvez
Paulo e Marcos não tivessem cumprido seus chamados. Ele preferiu ser ponte, e
por isso mesmo, tornou-se essencial.
Que nós também possamos ser
como Barnabé: invisíveis aos olhos do mundo, mas indispensáveis aos olhos de
Deus.
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